A nobreza confiava no controle do
Parlamento. Porque funcionava da seguinte maneira: cada estado valia um voto
(clero, um voto; nobreza, um voto; e povo, um voto). Nobreza e clero comungavam
os mesmos interesses, daí essa confiança.
Mas ela não contava com o
potencial revolucionário da população (terceiro estado), que eram em muito
maior número e quando a sessão dos Estados Gerais no palácio de Versalhes se
abriu, os interesses antagônicos dos grupos se chocaram!
Os representantes do Terceiro
Estado queriam que valesse votação individual.
Luís XVI viu que daí não sairia
nada de bom e resolveu dissolver o encontro, impedindo a entrada dos deputados
no salão de sessões.
As pessoas do Terceiro Estado se rebelaram, invadiram partes do castelo e fizeram juramentos de que seus membros não sairiam de lá enquanto a França não tivesse uma constituição!
Pouco tempo depois, as pessoas,
os deputados e parte do baixo clero, declararam-se em Assembleia Nacional
Constituinte. Com a proposta de elaborarem um livro de leis mesmo que a força -
para isso, usariam armas!
Luís XVI reuniu suas forças para
enfrentar a Assembleia, mas eles se prepararam para o confronto. Haviam criado
a Guarda Nacional – uma milícia burguesa para resistir ao rei.
Foi quando finalmente, no dia 14
de Julho de 1979 uma multidão de pessoas invadiu o Arsenal dos Inválidos à
procura de munições e, em seguida, a fortaleza da Bastilha, onde eram encarcerados
os inimigos da realiza.
“Em tempos de revolução nada é
mais poderoso do que a queda de símbolos. A queda da Bastilha, que fez do dia
14 de Julho a festa nacional francesa, ratificou a queda do despotismo e foi
saudada em todo o mundo como o princípio de libertação”.
Hobsbwm, Eric. J. A era das
revoluções. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977. P. 79
A partir daí a rebelião se
alastrou de Paris para o resto da França.
No campo, onde os privilégios da
aristocracia eram mais gritantes, os camponeses chegaram a invadir e incendiar
castelos e a massacrar elementos da nobreza. Esse movimento rural ficou
conhecido como Grande Medo.
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