domingo, 12 de agosto de 2012

Alta Idade Média - O Império Bizantino

Havia uma antiga colônia grega chamada de Bizâncio. Lá, um homem chamado Constantino, que era imperador de Roma, fundou a cidade de Constantinopla (hoje Istambul), no ano de 330.

Ficava entre a Europa e a Ásia, protegida por altas muralhas e cercada pelas águas do Mar Egeu e Mar Negro.



Por conta dessa localização, a cidade se tornou uma capital ideal. Pq?
Para evitar perigos de guerra. E graças a isso a cidade durou por mais de mil anos, até 1453, quando foi destruída pelos poderosos canhões de Maomé II, construído por engenheiros saxões.

Apesar da onda de bárbaros que assolavam o Império Romano, Constantinopla sobreviveu e representava a síntese do mundo greco-romano e do mundo oriental.

Este lugar seria o Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino.

O Governo de Justiniano

Esse Império atingiu seu máximo esplendor durando o governo do Imperador Justiniano (527-565).

Seu pai, Justino, era general em Constantinopla e através de um golpe militar assumiu o trono. Quando morreu, passou para seu filho, Justiniano.

O que ele fez?

Quando se tornou imperador, ele iniciou sua carreira de legislador e encarregou uma comissão para elaborar livros sobre Direito Romano e leis, que foram reunidas numa obra chamada Corpo do Direito Civil.

Além de legislar, Justiniano também era teólogo.

Muito interessado com os problemas religiosos do seu tempo, procurou unir o mundo oriental e ocidental através da religião. Para isso, ele governou como representante de Deus.

Com a predominância da população grega e asiática em Constantinopla, a religião em bizâncio começou a ficar um pouco diferente da Igreja Católica do Ocidente. Até o Latim foi abandonado, em troca do Grego.

Em alguns lugares do Império Bizantino se assumiu doutrinas consideradas heréticas pelo ocidente, como as dos monofisistas e dos iconoclastas.

Monofisitas: cujos adeptos defendiam que Cristo possuía apenas uma natureza divina, não possuindo natureza humana. Negavam a santíssima trindade.

Iconoclastas: cujos adeptos empenhavam-se em destruir imagens (ícones).

Por isso, os imperadores bizantinos tinham que adotar uma política de intervenção nos assuntos eclesiásticos para que a coisa não saísse do controle.

Isso se chama cesaropapismo: a supremacia do imperador sobre a Igreja.

Mais tarde, essas profundas divergências entre o cristianismo ocidental, orientado pelo papa, e o cristianismo peculiar do Oriente, cujo maior expoente era o patriarca de Constantinopla, culminaram no rompimento da Igreja Bizantina com a Igreja de Roma. 

Surgiu assim a Igreja Ortodoxa Grega, subordinada ao Patriarca de Constantinopla, e a Igreja Católica Apostólica Romana, dirigida pelo Papa. Esse acontecimento ficou conhecido como Cisma do Oriente, em 1054.

Além disso, Justiniano estabeleceu paz com seus inimigos fronteiriços, como os Persas, por meio de acordos. Daí voltou seu exército para o Ocidente, para retomá-lo.

Mas eles se deparariam, nos anos posteriores ao governo de Justiniano, a um grupo que também estava avançando em direção ao Ocidente: os árabes.

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