quinta-feira, 28 de junho de 2012

Revolução Russa - Parte IV (Revolução de 1917)



 
Em 1914 começou a Primeira Guerra Mundial, que se estenderia até o final de 1918. Dela participaram as grandes potências da época. O principal palco da guerra foi a Europa.


O Império Russo participou da guerra ao lado da Inglaterra e da França, formando a Tríplice Entente, que enfrentou a Tríplice Aliança (Alemanha, Austro-Hungria e a Turquia). Outros países, menos importantes do ponto de vista militar, se aliaram a um ou a outro lado na guerra.


Em 1917, os Estados Unidos entraram na guerra do lado da Entente, sendo um fator importante para a derrota da Alemanha e seus aliados.


O Império Russo enfrentou, principalmente, as tropas alemãs, sentindo desde o início da guerra o poderio militar germânico e sofrendo sucessivas derrotas.

 O que já se prenunciava na guerra contra o Japão em 1905, se confirmou na Primeira Guerra Mundial:
o Império Russo, um país imenso, era um gigante com pés de barro. Um país atrasado enfrentando uma guerra moderna.

O exército czarista, apesar de enorme, estava mal equipado. À medida que a guerra se prolongava, a atrasada economia russa e a complicada burocracia czarista se mostraram incapazes de garantir o fornecimento regular e suficiente para o exército.

Em 1917, a Rússia entrou em colapso. A população urbana não recebia alimentos suficientes do campo e os soldados se revoltavam contra os oficiais e abandonavam o front.

Camponeses se recusavam a vender os seus produtos e a pagar os tributos. Greves e manifestações na cidade e invasões de latifúndios no campo.

 Os soldados do czar não mais reprimiam as manifestações dos revoltosos, chegando mesmo a aderir à massa revoltosa.

Neste momento decisivo, os líderes políticos que haviam sido banidos ou fugido para o exterior, começaram a voltar ao país. Os partidos políticos tentaram organizar a revolta popular para a tomada do poder.


Esses líderes pertenciam, na sua maioria, a dois partidos mais radicais. O primeiro deles era o Partido Marxista Social-Democrata dos Trabalhadores Russos que estava dividido em duas facções: os mencheviques e bolcheviques.

As facções receberam esses nomes depois do II Congresso do Partido Social-Democrata, em 1903.


Menchevique em russo significa minoria, mas na verdade, compunham a maioria do partido durante quase todo o período revolucionário no ano de 1917.
Era o grupo que pregava o amadurecimento do capitalismo, para só então almejar o socialismo. Defendiam a revolução burguesa contra o czarismo. Os líderes que se destacaram foram Gheorghi Plekhanov e principalmente Iulii Martov;




Bolchevique, significa maioria e o nome foi dado no mesmo congresso do Partido em que nasceu o grupo menchevique. Ironicamente, durante o processo revolucionário de 1917 esse grupo ficou em minoria. Eles eram aqueles que defendiam a revolução socialista e o líder desse grupo se chamava Lênin.


O segundo grande partido era o Partido Social Revolucionário, que pretendia representar os camponeses russos.


Nesse momento, o número de sovietes havia multiplicado, constituindo-se no principal instrumento da ação revolucionária.


A própria burguesia liberal, temerosa de um enfrentamento direto com o czar, acabou assumindo uma posição cautelosa.


A Duma (parlamento) refletia essa posição cautelosa. Ela tentou assumir a direção do movimento revolucionário e, ao mesmo tempo, controlar os protestos populares.


A Duma foi tomando providências para organizar um governo provisório, já que o czar havia perdido o controle da situação e a capacidade de reprimir.


Sem outra alternativa, o czar Nicolau II abdicou em favor do seu irmão, o qual também abdicou no dia seguinte. Assim, no dia 27 de fevereiro de 1917, chegava ao fim a secular monarquia czarista da dinastia dos Romanov.


 O poder de um Estado autocrático, que poucos anos antes ainda se mostrava forte, revelou o quanto estava decadente na crise provocada pela guerra.


A formação de um novo Estado

Os sovietes renasceram e passaram a exercer funções de governo que atendiam as reivindicações populares.


 Do outro lado, a Duma tentava formar um Governo Provisório de características liberais, ligado aos interesses da burguesia e da nobreza liberal russas.


Esse novo regime pretendia organizar a Rússia sob um sistema republicano parlamentar, tendo como modelo os regimes francês e inglês.


 Esse governo era liderado por Kerensky, um político moderado de tendências liberais.


Mas Kerensky não era aceito pelas massas porque que ele manteve a Rússia na guerra. Os soldados queriam voltar para casa e parar com a guerra inútil. E por isso, o Governo Provisório foi se enfraquecendo rapidamente.


Dizia-se que na Rússia tinham dois governos: o Provisório e o dos sovietes.


Quando o Partido Marxista Social-Democrata decidiu apoiar o Governo Provisório, houve uma divisão radical entre os mencheviques e bolcheviques.


Os bolcheviques romperam com os mencheviques e retiraram o seu apoio ao Governo Provisório, passando a fazer oposição a ele.


Os bolcheviques concentraram suas forças políticas nos sovietes, passando a elaborar um plano para conquistar o poder.


O lema dos bolcheviques para a mobilização popular contra o Governo Provisório era Paz, Pão e Terra. Ou seja, a saída imediata da Rússia da guerra, superar a fome e distribuir as grandes propriedades.


Os operários organizados nos sovietes começaram a se armar, sendo dirigidos pela Guarda Vermelha, que eram tropas formadas por operários, camponeses e soldados.


No dia 25 de Outubro foi desfechada a ação, com os guardas vermelhos assumindo o controle dos pontos estratégicos da capital.


Kerenski, o chefe do Governo Provisório, fugiu e os bolcheviques assumiram o poder. Começava a construção de um novo Estado.         

Egito Antigo - Parte III (Médio Império)

Ao longo do período conhecido como Médio Império (2000 a.C - 1550 a.C), os faraós conseguiram se fortalecer novamente seu poder político porque partiram para o conflito militar.

Como? Eles permitiram o ingresso, no exército, de pessoas das camadas inferiores e graças a isso formaram um grande grupo de combatentes. Fizeram conquistas na região da Palestina e na Núbia (região do Nilo atualmente partilhada entre Egito e Sudão).

Na Núbia descobriram minas de ouro e na Palestina, minas de cobre. Metais que além de enriquecerem o Estado, incrementaram a produção de armamentos.

Durante o Médio Império aconteceu um evento interessante e que nós veremos novamente mais tarde: entre 1800 e 1700 a.C. chegaram ao Egito os hebreus.

Mas foram os hicsos, um povo asiático vindo do oriente médio. Sua região de origem havia sido atingida por uma seca, então eles migraram atrás de novos lugares. O Nilo parecia adequado a eles.

E eles dominaram a região do delta e ficaram por lá durante os anos de 1750 até 1580 a.C.




O êxito dos hicsos no controle dessa região se deu em parte ao uso do cavalo e dos carros de guerra, que os egípcios não conheciam. Além disso, lembre-se: os faraós estavam tentando recuperar seu poder. A situação era um tanto caótica com os nomarcas.

Por volta de 1580 a.C, durante o governo do faraó egípcio Amósis I, os conflitos militares contra os hicsos se intensificaram. Porque se tratava de uma briga generalizada. Ao norte estavam os hicsos, enchendo o saco. Ao sul estavam os núbios, que brigavam para recuperar suas terras.

Apesar disso, como eu disse no começo, os faraós reuniram um exército gigante, recrutando pessoas de todas as camadas, e conseguiram instaurar uma nova fase na história do Egito, conhecida como Novo Império (1580 a.C - 1085 a.C).

terça-feira, 19 de junho de 2012

As invasões bárbaras


No século V, o Império Romano do Ocidente estava chegando ao fim.

Um dos mais importantes motivos que contribuiu para a ruína do Império foram as invasões bárbaras. Mas estes não teriam causado tantos estragos se não fosse a fraqueza dos romanos e a incapacidade de defender suas fronteiras.

O legal é que essa onda bárbara na Europa foi motivada pela pressão dos hunos sobre esses povos. Sabe quem são os hunos?

Os hunos foram um povo oriental, originário da Mongólia, que chegou na Europa em 375 numa avalanche de dominação. Eles eram guerreiros, montavam pequenos cavalos e usavam enormes arcos. Era ótimos de pontaria, mesmo montados e por isso eram tão temidos. Eles passaram pela China, pelo norte da Índia, chegaram as planícies da Ucrânia.

Outra coisa que influenciou os bárbaros eram a busca por terra férteis para agricultura e o Império tinha muitas.

Esses bárbaros empurrados pelos hunos eram boa parte de origem germânica. Os povos que mais contribuíram para o fim do Império foram os seguintes:

Visigodos; Ostrogodos; Suevos; Alanos; Vândalos; Alamanos; Burgúndios; Anglos e Saxões



Vamos falar sobre os visigodos:
Com medo dos hunos, os visigodos pediram autorização para se estabelecerem dentro do Império Romano. O Imperador de Roma, Valente, concordou e permitiu que eles ficassem na Macedônia. Tornaram-se aliados, encarregados de proteger as fronteiras contra os hunos.

Por sorte, os hunos não vieram e os visigodos começaram a se expandir naquela região. Então o Imperador Valente quis expulsá-los, mas acabou morrendo na luta que ficou conhecida como Batalha de Andrinopla, no ano de 378.

Teodósio então subiu ao poder em Roma e para acalmar os visigodos, o imperador deu a eles terras. Ao rei dos visigodos, deu-lhe um título de Mestre de Infantaria e aí sim os visigodos ficaram satisfeito e os confrontos cessaram e passaram a ajudar os romanos contra invasão de outros bárbaros, como os vândalos.

Teodósio governou até (378 até) 395 e antes de morrer dividiu o Império Romano em duas partes: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.

No oriente a capital era Constantinopla; Milão era no Ocidente. Seus filhos ficaram nos cargos administrativos: Arcádio no Oriente e Honório no Ocidente.

Foi uma divisão administrativa, não política. Tava difícil tomar conta de tudo, então ele julgou que fosse melhor dividir: o Império continuaria um só, mas com duas capitais e dois imperadores. A idéia é que eles se unificassem novamente depois que o perigo passasse.

Mas aí... aí os visigodos viram a chance de tomarem tudo pra eles e começaram uma grande invasão! Cercaram Constantinopla, mas o imperador Arcádio era muito bom e conseguiu desviá-los para o Ocidente, permitindo que eles ficassem numa região entre os dois impérios que estava sendo disputada entre os dois imperadores. (Ilíria)



Aí, em 402, Alarico tentou invadir a Itália e depois de vários confrontos, derrotas e vitórias, eles finalmente alcançaram Roma. Capturaram a irmã do imperador que fugiu, chamada Placídia, mas morreu pouco tempo depois.

Então o cunhado de Alarico, Ataulfo, se casou com a Placídia e tornou-se o chefe dos visigodos.
Mas Honório ainda era o imperador do Império e disse para Ataulfo que eles restabeleceriam aliança se os visigodos o ajudasse na luta contra os bárbaros que estavam na Península Ibérica, os vândalos, alanos e suevos.

Eles toparam, saíram da região em que hoje é a Itália e tornaram-se novamente aliados de Roma. Partiram para guerra e tomaram toda Península Ibérica e o sul da Gália e fizeram sua capital em Toulose, cidade que hoje é francesa.



Assim nasceu o Reino Visigótico, que durou pouco menos de 100 anos, quando os francos os dominaram em 507.

Outros Grupos Bárbaros


Os vândalos, suevos, alanos atravessaram a fronteira do Danúbio em 406 e invadiram o Império, liderados por Radagásio. Foram até a África e fizeram o Reino dos Vândalos, com a capital em Cartago, sob a chefia de Genserico.

Os búrgundios ocuparam o vale do rio Ródano (que hoje passa pela França) e fundaram o Reino dos Burgúndios, em 443. Fixaram sua capital em Worms.

Os anglos, saxões e jutos se estabeleceram na Bretanha, onde formaram vários reinos.

Na Gália do norte, ficaram os francos sálios ("francos do Sal", porque viviam próximo da foz do Reno, onde a água era salvada) e francos ripuários (do latim medieval ripuarii, significa "margem do rio"). Eles viviam à margem do Médio Reno.

Em 451, os hunos - há muito estabelecidos na Panônia - parte ocidental da Hungria e oriental da Áustria, avançaram contra o Ocidente. Foram vencidos pelos visigodos e pelos romanos numa luta na Gália. Com o que sobrou de suas forças, o rei dos hunos, conhecido como Ática, invadiu a Itália e chegou às portas de Roma. Então, recebeu um resgate do Papa Leão I para não saquear a cidade. Ele aceitou e retornou à região da Panônia e morreu por lá. Dizem que de causas naturais, porque ele já teria entre 50 e 60 anos. A partir daí os hunos se dispersaram.

Assim, percebemos que de todo Império Romano do Ocidente, apenas a Itália estava sob controle dos romanos. O restante do Império, mandavam os bárbaros reconhecidos como aliados.

Em 476 o Império Romano ruiu por completo.




terça-feira, 12 de junho de 2012

Geografia


A terra roda em torno de si própria na direção de Oeste para Leste (Anti horário).

Esse movimento é designado por Movimento de Rotação.

Demora 23h, 56 minutos e 4 segundos.

Sucessão do dia e da noite.


Já a Translação da Terra é o movimento que a Terra realiza ao redor do sol.

Dizemos “movimento elíptico”, porque envolve eclipses. Um lado da Terra está escura, enquanto outro não.

Para que a Terra dê a volta completa em torno do Sol, ela demora 365 dias, 5 horas e 48 minutos.
Essas horas sobrando, nós arredondamos para 6 horas. Daí, de quatro em quatro anos, essas horas acumuladas formam um dia a mais. É quando estamos no “Ano Bissexto”. Esse dia é o 29 de Fevereiro.

Gira em torno do sol a uma velocidade média de 30km/s.

Trajetória de 930 milhões de quilômetros.




A terra roda em torno de si própria na direção de Oeste para Leste (Anti horário).

Esse movimento é designado por Movimento de Rotação.
Demora 23h, 56 minutos e 4 segundos.

Sucessão do dia e da noite.

Já a translação da Terra é o movimento que a Terra realiza ao redor do sol.

Dizemos “movimento elíptico”, porque envolve eclipses. Um lado da Terra está escura, enquanto outro não.

Para que a Terra dê a volta completa em torno do Sol, ela demora 365 dias, 5 horas e 48 minutos.
Essas horas sobrando, nós arredondamos para 6 horas. Daí, de quatro em quatro anos, essas horas acumuladas formam um dia a mais. É quando estamos no “Ano Bissexto”. Esse dia é o 29 de Fevereiro.

Gira em torno do sol a uma velocidade média de 30km/s

Trajetória de 930 milhões de quilômetros.

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O que é Cartografia?

Definição, segundo IBGE:

“Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análises de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, assim como a sua utilização”.
Carto = do grego “Chartis”, significa mapa.

Grafia, do grego graphein, significa escrita.

Mapas permitem a gente visualizar dados espaciais, certo? São repletos de números, às vezes.
Claro, o mapa é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa redução é feita com o uso de escalas, caso contrário não seria possível representá-lo.

Existem dois tipos de escala: a gráfica e a numérica.



GRÁFICA:





Muito simples. Nesse caso, 1cm é equivalente a 3km no terreno. 2 cm equivale 6 km, e assim vai.


Já a escala numérica tem toda uma relação matemática.

Ela dá a informação da quantidade de vezes em que um espaço representado foi reduzido.





1: 300 000

1 cm = 300 000 cm
300 000 cm = 3.000 m
1 cm = 3 km
____________ ____________ ____________ ____________ ____________ 
1/10 000

1 cm = 10 000 cm
10 000 cm = 100 m
1 cm = 100 m


1/5 000 000

1 cm = 5 000 000 cm
 5 000 000 cm = 50 km
1cm = 50km

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Egito Antigo - Parte II (Pré-dinástico e Antigo Império)

A história do Egito é dividida em três partes: O antigo império, o médio império e o novo império!
Vamos começar com o Antigo Império, que foi de 3200 a.C até 2000 a.C.

O Estado se estruturou a partir das diferenças sociais no interior das aldeias agrícolas, os conflitos nos nomos e entre os nomos, e as atuações das novas elites locais.

Isso fez gerar dois reinos: o reino do Alto Egito, localizado ao sul do Nilo e o do Baixo Egito, ao norte, por volta de 3500 a.C. Esse período é conhecido como período Pré-Dinástico.





 - Coroa branca do Alto Egito


 - Coroa vermelha do Baixo Império



Mas vamos dar um salto para o ano de 3200 a.C, quando um governante chamado Menés (ou Namer – muitos historiadores consideram Menés e Namer a mesma pessoa), governante do Alto Egito, impôs a unidade como faraó de todo o Egito, tornando-se o governante do primeiro Estado unificado da história, subordinando diversos nomos!

Como? Ele teve o trabalho intenso de pacificar a galera dos dois lados, do alto e baixo Egito. Muito espertão, ele propunha que seus nobres se casassem com a nobreza do baixo Egito. Ele mesmo se casou com uma princesa do baixo Egito, a fim de mostrar a união de ambos os lados.

Seu plano era simples: mostrar que nenhum lado era melhor que o outro e que juntos eles seriam muito mais fortes. Estamos falando dos primeiros passos para unificação, o território não foi totalmente pacificado, mas as bases para um Estado unificado estava lançada!


 - Coroa da Unificação do Alto e Baixo Egito



Os nomarcas, convertidos em representantes do poder central nessas comunidades, administravam diversas aldeias e pequenas cidades, cuidando da coleta dos impostos e da aplicação das determinações estabelecidas pelo faraó.

Foi a partir disso que iniciou-se o chamado Período Dinástico da história egípcia.


Dinastia = sucessão de soberanos pertencentes a uma mesma família.


Foram 31 dinastias no Egito. Mais de 300 faraós.


Cronologia de Dinastias: http://antigoegito.org/?p=116


O Antigo Império (3200 a.C. - 2000 a.C)

Foi durante esse período que houve urbanização no Egito, com várias construções arquitetônicas importantes.

Um dos grandes soberanos, chamado Djoser - da terceira dinastia, que viveu entre 2800-2600 A.C - construiu as famosas pirâmides escalonadas.





Também surgiram as grandes pirâmides de Gizé poucos anos depois, que servira de túmulos dos faraós da quarta dinastia egípcia: Quéops (maior de todas), Quéfren e Misquerinos.


Levou mais de 20 anos para serem construídas e são as mais famosas pirâmides do Egito.





Algumas pessoas defendem que as pirâmides tem esse formado porque simbolizam uma seta que aponta para o céu. Coisa que está em várias culturas, mesmo quando elas não tiveram comunicação alguma e pode ser interpretada como uma maneira de representar a vontade humana de se comunicar com os deuses.


Algumas esfinges egípcias também fazem parte das construções do Antigo Império.


Elas eram consideradas belas artes arquitetônicas. Elas possuem corpo de leão e cabeça de humano, geralmente de faraós. Tinha esfinges com cabeça de carneiros, falcões ou humanos (no caso dos faraós).


Eram consideradas pelos antigos egípcios como guardiãs de um determinado local. As menores serviam como decoração para o interior de alguns templos ou moradias. Simbolizava proteção, como é até hoje algumas estátuas em determinadas crenças.


A mais famosa das esfinges é a do complexo de Gizé e o rosto dela é atribuído ao faraó Quéfren também. Tem quem defenda que essas esfinges foram construídas antes, mas como se trata de coisas muito antigas, ninguém sabe datar exatamente.






Sabemos pouco desse período, apenas desses progressos e da estabilidade política que houve. Ou seja, sem guerras ou grandes problemas. Acontece que, a partir de 2200 a.C, houve um período de desordem e enfraquecimento do poder central no Egito.


As cheias do Nilo diminuíram, menos comida foi cultivada e a burocracia estatal estava gerando custos demais. A fome e a vida boa das camadas mais altas resultaram em diversas revoltas populares.




Aí os nomarcas ganharam maior importância e até o ano 2000 a.C, o período era conhecido como "período feudal egípcio", marcado pela luta acirrada entre os nomarcas e as inúmeras revoltas sociais. As primeiras conhecidas da história. E esses nomarcas lançaram o país numa grave crise.




Mas perto do século XX a.C, teve início uma luta contra os nomarcas que acabou restabelecendo o poder do faraó e a unidade do Império e uma capital surgiu, Tebas, e junto com ela um novo período para história do Egito, conhecido como Médio Império, que vai de 2000 a.C até 1580 a.C).

domingo, 10 de junho de 2012

A Revolução Inglesa - Parte I


Quem reinava era a dinastia Tudor (1485-1603), apoiada pela burguesia e pelo Parlamento. Importa-nos um cara chamado Henrique VIII (1509-1547), que sujeitou o Parlamento à monarquia inglesa e fundou, em 1534, a Igreja Anglicana. Seus filho teve um reinado curto e sua filha, Maria I, casou com o rei da Espanha, o Felipe II, restabeleceu o catolicismo e perseguiu os protestantes.

Quando ela morreu, quem subiu ao trono foi Elizabeth I (1558-1603) e voltou para Igreja Anglicana. Investiu no mercantilismo e na navegação.

Leitura para o aluno:
Incentivando o comércio e a manufatura e associando-se a corsários, o governo de Elizabeth I contribuiu para que a Inglaterra se tornasse uma grande potência econômica e naval. Londres, sua capital, era a maior cidade do norte da Europa.

No reinado de Elizabeth I, assistiu-se ao enriquecimento da burguesia (comerciantes e donos de manufaturas), da pequena nobreza rural (ou gentry, em inglês) e dos pequenos proprietários rurais (yeomen, em inglês). Eles se dedicavam à agricultura comercial: produziam e exportavam lã e alimentos. Para criar ovelhas (e extrair a lã), eles cercaram seus domínios, expulsando as famílias de camponeses que lá viviam. A essa prática deu-se o nome de cercamento. Sem terra onde plantar ou criar, os camponeses vagavam pelas estradas ou iam para as cidades, sobretudo para Londres, onde se ofereciam para trabalhar por baixíssimos salários.


Cercamento: quando as terras comunais passam a pertencer a uns poucos proprietários.

Foi no reinado dela que começou a colonização na América do Norte, mas em 1588, Felipe II da Espanha armou uma expedição naval para atacar a Inglaterra e confirmar sua hegemonia em todo mundo. MAS... ele se deu muito mal e a Inglaterra acabou com a armada de Felipe II. Daí em diante a Espanha entrou em decadência economia e Portugal, que também fazia parte da Espanha nessa época, sofreu da mesma maneira.

A rainha morreu sem herdeiros e o rei da Escócia assumiu o trono, começava a dinastia Stuart com Jaime I - primo da Elizabeth I.

Muitos não ficaram felizes com isso, achavam ele um estrangeiro. Como ele manteve o anglicanismo e caçou católicos e puritanos calvinistas, estes decidiram partir para “nova Inglaterra”, hoje conhecida como “Estados Unidos das Américas”.

Acontecia que a maior parte da burguesia e a gentry, seguiam o puritanismo, que defendia que cada um deveria agir conforme a Bíblia e sua própria consciência. Para os puritanos, a Igreja devia ser independente do Estado.

Leitura para o aluno:

Calvino abordou essa temática no último capítulo das Institutas (Livro IV, Cap. 20), intitulado “O Governo Civil”. Ele afirma na Seção 1: “O reino espiritual de Cristo e a ordem civil são duas coisas completamente diferentes”. Também diz: “Não podemos – como comumente acontece – imprudentemente confundi-las, pois ambas têm uma natureza completamente distinta”. Essa distinção entre a Igreja e o Estado significa que cada domínio tem o direito de existir e que o Estado, assim como a Igreja, também é estabelecido por Deus, devendo, portanto, ser igualmente respeitado pelos cristãos. Portanto, a Igreja não deve usurpar as funções do Estado nem o Estado, as funções e prerrogativas da Igreja.

Trecho retirado de: http://www.mackenzie.br/7070.html

Já a alta nobreza e os reis ingleses praticavam o anglicanismo, religião na qual o chefe da Igreja é o próprio rei.

O parlamento inglês também se encontrava dividido: na Câmara dos Lodres estavam os representantes da alta nobreza, e na Câmara dos Comuns, os representantes da burguesia, da gentry e demais setores da população.




Depois de Jaime I veio Carlos I. Esse era ainda mais problemático e autoritário.

Carlos I concedeu monopólio a alguns grupos burgueses e criou impostos. Um desses impostos, o "ship money", antes pago apenas pelas cidades portuárias, passou a ser pago por todos. Era um imposto destinado à defesa naval.

A oposição contra ele era maior e não parava de crescer, então ele decidiu dissolver o Parlamento. Invadiu a Câmara dos Comuns com seus guardas e prender todos os líderes oposicionistas.

Acontece que esses líderes foram avisados antes, fugiram de lá e se uniram com tropas armadas organizadas para lutar contra o rei. 

Essa é a famosa Guerra Civil da Inglaterra (1642-1649), durante o qual os Ingleses estiveram divididos em dois grandes grupos rivais: 

A favor do rei estava a alta nobreza e a burguesia monopolista, que eram anglicanos e católicos.

Contra eles estava a burguesia comercial e manufatureira e os gentries (pequena nobreza rural), que eram puritanos ou presbiterianos.

Nessa história se destacou um puritano chamado Oliver Cromwell, que remodelou o Exército e venceu várias lutas. Estabeleceu que os soldados seriam promovidos pela competência nas lutas e não mais pelo sangue nobre.

Foi quando na Batalha de Naseby ele derrotou o exército de Carlos I e pôs fim ao seu reinado. O Rei fugiu pra tudo quanto é canto, mas foi capturado em 1649. Adivinha o que aconteceu?

Foi aí que a república foi proclamada e Cromwell subiu ao poder!

domingo, 3 de junho de 2012

Egito Antigo - Parte I

O período Neolítico foi marcado pela transição do coletivismo do período pré-histórico à verdadeira noção de propriedade dos tempos históricos.

Foi a transição das aldeias e vilas para as cidades para mais tarde essas cidades tornarem-se Estados.
A produção de grãos deu origem ao celeiro, e este, por sua vez, originou uma muralha de proteção.

Logo foi preciso formar-se um exército para defender o celeiro. Com isso, surgiu o poder para controlar o excedente e a figura do administrador, ao qual cabia fixar os impostos e registrar os sacos de trigo produzidos.

Enquanto isso se erguia templos e palácios. Não estamos mais na “Pré-História”.

As aldeias e vilas neolíticas, especialmente onde havia agricultura intensa, evoluíram para a formação de cidades e resultaram na formação das primeiras grandes civilizações da humanidade.

Nos vales de importantes rios floresceram grandes culturas, como a mesopotâmica, entre os rios Tigre e Eufrates; a egípcia, no rio Nilo; a indiana, no rio Indo; e a chinesa, no rio Amarelo.

Para o progresso econômico dessas sociedades, muita mão-de-obra escrava foi utilizada! Foi na antiguidade que surgiu o “modo de produção escravista”.

Entre as primeiras civilizações que aplicavam esse modo de produção escravista, estava o Egito.

Situado no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a civilização egípcia desenvolveu-se no vale do Nilo, um lugar muito fértil, e se beneficiou de seu regime de cheias.




As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio, ao sul do território egípcio, provocam transbordamento de suas águas. Essas cheias, quando voltam a ocupar seu leito normal, deixam as margens férteis para agricultura.

Esse quadro favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, constituindo-se os nomos, comunidades autônomas que desenvolviam uma agricultura rudimentar e eram chefiadas pelos nomarcas.

O crescimento da população, o aprimoramento agrícola e a produção de excedentes logo possibilitaram o nascimento das primeiras cidades e assim o Egito ficou muito marcado pelas grandes obras públicas (palácios, templos, pirâmides, canais de irrigação)!

A civilização egípcia contava com um Estado despótico. Déspota é aquela pessoa que governa conforme lhe dá na telha. Ele exige obediência de todo mundo!

A organização das atividades produtivas era uma atribuição do Estado.

Cabia à população camponesa, subjugada ao poder do faraó, pagar impostos sob a forma de produtos ou trabalho. Isso é o que nós chamamos de servidão coletiva.

Assim o Estado apropriava-se dos excedentes da produção.

Na época das cheias do Nilo, quando a atividade agrícola era suspensa, os trabalhadores eram geralmente requisitados pelo Estado para trabalhar nas obras de construção de diques, canais de irrigação, templos, palácios, etc.



A partir dessas coisas, nós podemos organizar a estrutura social do Egito da seguinte maneira:
Acima de todos estava o Faraó e sua família;

Mas antes, devemos ressaltar uma coisa muito importante:
Comparado com a maioria das outras culturas da mesma época, a sociedade egípcia era mais "liberal" (cuidado com o anacronismo) e nem todos os oficiais de alta patente vinham de uma classe nobre. Um homem que nascia em uma posição inferior, poderia subir para uma grande posição.
(informação retirada de: http://antigoegito.org/?p=75)



Logo abaixo vinha a aristocracia privilegiada constituída por sacerdotes, funcionários do Estado (burocratas e militares) e nobres, descendentes das grandes famílias dirigentes dos nomos;

Entre os burocratas destacavam-se os escribas, funcionários responsáveis pela contabilidade e supervisão da organização administrativa;

Os soldados: Essa classe, segundo alguns estudiosos era pequena. A principal função dos soldados era de garantir a segurança do território egípcio e de escoltar expedições. Posteriormente o exército e a tecnologia em combate foram aumentando.



Os Artesãos: Essa classe é formada por pessoas com habilidade em todo o tipo de artesanato. Alguns trabalhavam em aldeias e produziam artefatos para o comércio local. Já os mais habilidosos, eram convocados a trabalhar para o faraó ou para a classe da nobreza.

Na base da sociedade egípcia, estava a ampla massa camponesa e alguns escravos, prisioneiros de guerra. Os camponeses eram a classe  formada pela maior parte dos antigos egípcios. Eram pessoas que trabalhavam nas lavouras para o faraó e para os nobres. Uma parte do que era recolhido ficava para os camponeses, porém a prioridade era sempre dos donos das terras. (nobres ou faraós).


Já no caso dos escravos existe uma curiosidade: Há uma divergência entre os estudiosos se havia ou não escravos no antigo Egito. Quer dizer, todos admitem a existência de escravos, mas uns dizem que eram pouquíssimos e outros defendem o contrário.



A maioria argumenta que havia escravos sim, aos montes, tanto que é o que está nos livros de história, mas como os escravos eram conquistados? A partir de guerras.


Acontece que em toda a história egípcia, poucas foram as guerras se comparadas a outras civilizações. Por isso essas questões.


A sujeição desses grupos era conseguida graças à repressão e as características da cultura egípcia, visto que a religião para eles era muito importante e promovia a preservação da ordem existente.

A religião ela estava totalmente ligada aos aspectos da vida pública e privada do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes a cada ano para garantir a chegada da inundação, e o rei agradecia a colheita às divindades.

Haviam oráculos dos deuses que desempenhavam o papel importante na solução de problemas políticos e burocráticos e eram também consultados pelos homens do povo antes de tomarem decisões de algum peso.

A medicina era praticada pelos religiosos, envolvia magia e religião.

As pessoas usavam amuletos e outras proteções mágicas.

O próprio faraó era considerado um deus e por isso todos o obedeciam.

Por essas e por outras, a religião pesava muito na vida social no Egito. (Guardar essa informação)