domingo, 3 de junho de 2012

Egito Antigo - Parte I

O período Neolítico foi marcado pela transição do coletivismo do período pré-histórico à verdadeira noção de propriedade dos tempos históricos.

Foi a transição das aldeias e vilas para as cidades para mais tarde essas cidades tornarem-se Estados.
A produção de grãos deu origem ao celeiro, e este, por sua vez, originou uma muralha de proteção.

Logo foi preciso formar-se um exército para defender o celeiro. Com isso, surgiu o poder para controlar o excedente e a figura do administrador, ao qual cabia fixar os impostos e registrar os sacos de trigo produzidos.

Enquanto isso se erguia templos e palácios. Não estamos mais na “Pré-História”.

As aldeias e vilas neolíticas, especialmente onde havia agricultura intensa, evoluíram para a formação de cidades e resultaram na formação das primeiras grandes civilizações da humanidade.

Nos vales de importantes rios floresceram grandes culturas, como a mesopotâmica, entre os rios Tigre e Eufrates; a egípcia, no rio Nilo; a indiana, no rio Indo; e a chinesa, no rio Amarelo.

Para o progresso econômico dessas sociedades, muita mão-de-obra escrava foi utilizada! Foi na antiguidade que surgiu o “modo de produção escravista”.

Entre as primeiras civilizações que aplicavam esse modo de produção escravista, estava o Egito.

Situado no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a civilização egípcia desenvolveu-se no vale do Nilo, um lugar muito fértil, e se beneficiou de seu regime de cheias.




As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio, ao sul do território egípcio, provocam transbordamento de suas águas. Essas cheias, quando voltam a ocupar seu leito normal, deixam as margens férteis para agricultura.

Esse quadro favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, constituindo-se os nomos, comunidades autônomas que desenvolviam uma agricultura rudimentar e eram chefiadas pelos nomarcas.

O crescimento da população, o aprimoramento agrícola e a produção de excedentes logo possibilitaram o nascimento das primeiras cidades e assim o Egito ficou muito marcado pelas grandes obras públicas (palácios, templos, pirâmides, canais de irrigação)!

A civilização egípcia contava com um Estado despótico. Déspota é aquela pessoa que governa conforme lhe dá na telha. Ele exige obediência de todo mundo!

A organização das atividades produtivas era uma atribuição do Estado.

Cabia à população camponesa, subjugada ao poder do faraó, pagar impostos sob a forma de produtos ou trabalho. Isso é o que nós chamamos de servidão coletiva.

Assim o Estado apropriava-se dos excedentes da produção.

Na época das cheias do Nilo, quando a atividade agrícola era suspensa, os trabalhadores eram geralmente requisitados pelo Estado para trabalhar nas obras de construção de diques, canais de irrigação, templos, palácios, etc.



A partir dessas coisas, nós podemos organizar a estrutura social do Egito da seguinte maneira:
Acima de todos estava o Faraó e sua família;

Mas antes, devemos ressaltar uma coisa muito importante:
Comparado com a maioria das outras culturas da mesma época, a sociedade egípcia era mais "liberal" (cuidado com o anacronismo) e nem todos os oficiais de alta patente vinham de uma classe nobre. Um homem que nascia em uma posição inferior, poderia subir para uma grande posição.
(informação retirada de: http://antigoegito.org/?p=75)



Logo abaixo vinha a aristocracia privilegiada constituída por sacerdotes, funcionários do Estado (burocratas e militares) e nobres, descendentes das grandes famílias dirigentes dos nomos;

Entre os burocratas destacavam-se os escribas, funcionários responsáveis pela contabilidade e supervisão da organização administrativa;

Os soldados: Essa classe, segundo alguns estudiosos era pequena. A principal função dos soldados era de garantir a segurança do território egípcio e de escoltar expedições. Posteriormente o exército e a tecnologia em combate foram aumentando.



Os Artesãos: Essa classe é formada por pessoas com habilidade em todo o tipo de artesanato. Alguns trabalhavam em aldeias e produziam artefatos para o comércio local. Já os mais habilidosos, eram convocados a trabalhar para o faraó ou para a classe da nobreza.

Na base da sociedade egípcia, estava a ampla massa camponesa e alguns escravos, prisioneiros de guerra. Os camponeses eram a classe  formada pela maior parte dos antigos egípcios. Eram pessoas que trabalhavam nas lavouras para o faraó e para os nobres. Uma parte do que era recolhido ficava para os camponeses, porém a prioridade era sempre dos donos das terras. (nobres ou faraós).


Já no caso dos escravos existe uma curiosidade: Há uma divergência entre os estudiosos se havia ou não escravos no antigo Egito. Quer dizer, todos admitem a existência de escravos, mas uns dizem que eram pouquíssimos e outros defendem o contrário.



A maioria argumenta que havia escravos sim, aos montes, tanto que é o que está nos livros de história, mas como os escravos eram conquistados? A partir de guerras.


Acontece que em toda a história egípcia, poucas foram as guerras se comparadas a outras civilizações. Por isso essas questões.


A sujeição desses grupos era conseguida graças à repressão e as características da cultura egípcia, visto que a religião para eles era muito importante e promovia a preservação da ordem existente.

A religião ela estava totalmente ligada aos aspectos da vida pública e privada do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes a cada ano para garantir a chegada da inundação, e o rei agradecia a colheita às divindades.

Haviam oráculos dos deuses que desempenhavam o papel importante na solução de problemas políticos e burocráticos e eram também consultados pelos homens do povo antes de tomarem decisões de algum peso.

A medicina era praticada pelos religiosos, envolvia magia e religião.

As pessoas usavam amuletos e outras proteções mágicas.

O próprio faraó era considerado um deus e por isso todos o obedeciam.

Por essas e por outras, a religião pesava muito na vida social no Egito. (Guardar essa informação)

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