domingo, 10 de junho de 2012

A Revolução Inglesa - Parte I


Quem reinava era a dinastia Tudor (1485-1603), apoiada pela burguesia e pelo Parlamento. Importa-nos um cara chamado Henrique VIII (1509-1547), que sujeitou o Parlamento à monarquia inglesa e fundou, em 1534, a Igreja Anglicana. Seus filho teve um reinado curto e sua filha, Maria I, casou com o rei da Espanha, o Felipe II, restabeleceu o catolicismo e perseguiu os protestantes.

Quando ela morreu, quem subiu ao trono foi Elizabeth I (1558-1603) e voltou para Igreja Anglicana. Investiu no mercantilismo e na navegação.

Leitura para o aluno:
Incentivando o comércio e a manufatura e associando-se a corsários, o governo de Elizabeth I contribuiu para que a Inglaterra se tornasse uma grande potência econômica e naval. Londres, sua capital, era a maior cidade do norte da Europa.

No reinado de Elizabeth I, assistiu-se ao enriquecimento da burguesia (comerciantes e donos de manufaturas), da pequena nobreza rural (ou gentry, em inglês) e dos pequenos proprietários rurais (yeomen, em inglês). Eles se dedicavam à agricultura comercial: produziam e exportavam lã e alimentos. Para criar ovelhas (e extrair a lã), eles cercaram seus domínios, expulsando as famílias de camponeses que lá viviam. A essa prática deu-se o nome de cercamento. Sem terra onde plantar ou criar, os camponeses vagavam pelas estradas ou iam para as cidades, sobretudo para Londres, onde se ofereciam para trabalhar por baixíssimos salários.


Cercamento: quando as terras comunais passam a pertencer a uns poucos proprietários.

Foi no reinado dela que começou a colonização na América do Norte, mas em 1588, Felipe II da Espanha armou uma expedição naval para atacar a Inglaterra e confirmar sua hegemonia em todo mundo. MAS... ele se deu muito mal e a Inglaterra acabou com a armada de Felipe II. Daí em diante a Espanha entrou em decadência economia e Portugal, que também fazia parte da Espanha nessa época, sofreu da mesma maneira.

A rainha morreu sem herdeiros e o rei da Escócia assumiu o trono, começava a dinastia Stuart com Jaime I - primo da Elizabeth I.

Muitos não ficaram felizes com isso, achavam ele um estrangeiro. Como ele manteve o anglicanismo e caçou católicos e puritanos calvinistas, estes decidiram partir para “nova Inglaterra”, hoje conhecida como “Estados Unidos das Américas”.

Acontecia que a maior parte da burguesia e a gentry, seguiam o puritanismo, que defendia que cada um deveria agir conforme a Bíblia e sua própria consciência. Para os puritanos, a Igreja devia ser independente do Estado.

Leitura para o aluno:

Calvino abordou essa temática no último capítulo das Institutas (Livro IV, Cap. 20), intitulado “O Governo Civil”. Ele afirma na Seção 1: “O reino espiritual de Cristo e a ordem civil são duas coisas completamente diferentes”. Também diz: “Não podemos – como comumente acontece – imprudentemente confundi-las, pois ambas têm uma natureza completamente distinta”. Essa distinção entre a Igreja e o Estado significa que cada domínio tem o direito de existir e que o Estado, assim como a Igreja, também é estabelecido por Deus, devendo, portanto, ser igualmente respeitado pelos cristãos. Portanto, a Igreja não deve usurpar as funções do Estado nem o Estado, as funções e prerrogativas da Igreja.

Trecho retirado de: http://www.mackenzie.br/7070.html

Já a alta nobreza e os reis ingleses praticavam o anglicanismo, religião na qual o chefe da Igreja é o próprio rei.

O parlamento inglês também se encontrava dividido: na Câmara dos Lodres estavam os representantes da alta nobreza, e na Câmara dos Comuns, os representantes da burguesia, da gentry e demais setores da população.




Depois de Jaime I veio Carlos I. Esse era ainda mais problemático e autoritário.

Carlos I concedeu monopólio a alguns grupos burgueses e criou impostos. Um desses impostos, o "ship money", antes pago apenas pelas cidades portuárias, passou a ser pago por todos. Era um imposto destinado à defesa naval.

A oposição contra ele era maior e não parava de crescer, então ele decidiu dissolver o Parlamento. Invadiu a Câmara dos Comuns com seus guardas e prender todos os líderes oposicionistas.

Acontece que esses líderes foram avisados antes, fugiram de lá e se uniram com tropas armadas organizadas para lutar contra o rei. 

Essa é a famosa Guerra Civil da Inglaterra (1642-1649), durante o qual os Ingleses estiveram divididos em dois grandes grupos rivais: 

A favor do rei estava a alta nobreza e a burguesia monopolista, que eram anglicanos e católicos.

Contra eles estava a burguesia comercial e manufatureira e os gentries (pequena nobreza rural), que eram puritanos ou presbiterianos.

Nessa história se destacou um puritano chamado Oliver Cromwell, que remodelou o Exército e venceu várias lutas. Estabeleceu que os soldados seriam promovidos pela competência nas lutas e não mais pelo sangue nobre.

Foi quando na Batalha de Naseby ele derrotou o exército de Carlos I e pôs fim ao seu reinado. O Rei fugiu pra tudo quanto é canto, mas foi capturado em 1649. Adivinha o que aconteceu?

Foi aí que a república foi proclamada e Cromwell subiu ao poder!

Um comentário:

  1. caramba isso me ajudou muito valeu por quem fez , muito obrigada mesmo valeu e tchau

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