domingo, 2 de setembro de 2012

A civilização dos Hebreus - Parte II


- Revisão rápida -

Durante dois séculos os israelitas, por volta de 1200 a.C até 1000 a.C,  os israelitas tiveram que lutar com persistência para se instalar na Palestina.

O sucessor do Moisés, Josué, agrupou os vários clãs em 12 tribos, distribuindo-lhes as terras que conquistavam.

A sedentarizarão fez renascer algumas práticas idólatras entre os hebreus, influenciados pelas antigas populações locais, mas a guerra contra os cananeus e filisteus, fez com que as 12 tribos mantivessem a união política das tribos sob a fidelidade de Iavé.

Surgiram então os juízes, escolhidos pelas tribos para comandar a guerra e preservar a crença num único Deus.

Os mais famosos foram Gedeão, Jefté e Sansão (que liderou os israelitas em vitórias contra os filisteus);  Samuel, o último dos juízes, escolheu Saul para ser o primeiro rei dos hebreus, em 1010 a.C. Foi quando eles constituíram então uma MONARQUIA!

- Revisão termina aqui -

Saul comandou uma ofensiva contra os filisteus, que não deu certo e acabou derrotado com seu exército na Batalha de Gilboé. Ele acabou se suicidando para não cair nas mãos dos inimigos.
Antes disso, porém, deixou a mão de sua filha em prêmio para aquele que vencesse um guerreiro filisteu chamado Golias. David acabou se arriscando e numa pedrada certeira com sua funda, venceu Golias e garantiu seu casamento com a filha de Saul.

Com o suicídio do Rei, David passou a governar a tribo de Judá, em 1006 a.C., e o outro filho de Saul, Isboset, governou o resto de Israel. David e Isboset entraram em conflito até que o segundo foi derrotado e David tornou-se o maior rei da história hebraica.

Comandados por Davi, os israelitas venceram também os cananeus e tomaram a cidade de Jerusalém, que transformaram em sua capital. Davi governou até 966 a.C e morreu por conta da idade e das doenças. Seus últimos anos de governo foram perturbados pela revolta de seu filho, Absalão, que queria o trono... mas quem sucedeu Davi foi seu outro filho, chamado Salomão, que governou de 966 a.C até 933 a.C.

Durante seu reinado, o comércio se desenvolveu extraordinariamente. Fez acordo com os fenícios, exportava seus excedentes para o Egito e os tempos de pobreza tinham passado. Tanto que eles se deram ao luxo de construírem um grandioso templo, o Templo de Salomão.

Lá eles adoravam a Deus com sacrifícios, preces e oferendas. Instituíram diversas festas religiosas: o Sabbat, comemorativo do sétimo dia da criação, a Páscoa, para recordar a saída do Egito; o Pentecostes, para recordar o recebimento das Tábulas da Lei; e a festa dos Tabernáculos (tendas), para recordar os tempos no deserto.

Ao longo de seu brilhante reinado, porém, vieram tempos difíceis porque Israel estava a ponto de se transformar num Estado mercantil, ou seja, surgiriam profundas diferenças sociais entre a população, agravadas pelos impostos, que atingiam as camadas mais pobres. Não havia mais os patriarcas de cada clã para proteger os mais pobres da comunidade... todos dependiam de um único rei.

Aí veio o declínio político...

Quando Salomão morreu, em 933 a.C., as tribos se recusaram a obedecer um único rei, pretendendo voltar ao individualismo tribal.

As tribos de Judá e Benjamin apoiaram o sucesso legítimo de Salomão e constituíram o Reino de Judá, com capital em Jerusalém. As outras tribos formaram o Reino de Israel, com capital em Samaria.



Reino de Israel

O reino de Israel se perdeu sob o governo de Jeroboão, um dos MUITOS filhos de Salomão. Ele aderiu ao paganismo e introduziu deuses com formas de animais para representar Iavé. Mais tarde, ocorreu até uma tentativa de implantar o culto de Baal, deus fenício.

Como isso aconteceu?
Reino de Israel era bem urbanizado e comercialmente desenvolvido, o que permitiu a penetração de cultos estrangeiros.

Contra esses desvios espirituais, levantaram-se os profetas dos quais um dos mais importantes foi Elias. Na bíblia, conta que ele ressuscitou um morto; fez cair fogo do céu (para provar que seu Deus era mais poderoso que os deuses pagãos) e subiu ao paraíso numa carruagem e cavalos de fogo (não morreu, foi arrebatado).

O reino de Israel se enfraqueceu e acabou dominado pelos arameus e depois pelo Império Assírio, em 722 a.C.

Reino de Judá

Eles também não se deram muito bem. Por serem mais pastoris, continuaram adorando Iavé, mas após a queda do Império Assírio, o Egito e a Babilônia passaram a disputar territórios que estiveram sob domínio assírio.

O reino de Judá aliou-se aos babilônios contra os egípcios e foi derrotado. Aí vários deuses penetraram em Judá. Ficou registrado na bíblia a história do Profeta Jeremias, que tentava trazer o povo de volta para o culto de Iavé, mas Judá não recuperou sua independência, nem sua velha religião.
Depois os babilônios, comandados por um homem chamado Nabucodonosor, conquistou Jerusalém em 587 a.C.

Vários israelitas foram enviados para a Babilônia e foram prisioneiros (Cativeiro da Babilônia) durante 50 anos. Já os que escaparam se espalharam pelo mundo, dando início a um movimento conhecido como Diáspora (dispersão).

Em 539, o rei persa Ciro tomou a Babilônia e liberou os hebreus para voltarem à Palestina. Lá eles se reorganizaram, formaram a monarquia e se mantiveram vassalos do Império Persa.

Como o território em que eles ficaram correspondia a antiga tribo de Judá, seus habitantes passaram a ser chamados de judeus.

Conforme os anos se passaram, o povo judeu acabou subjugado também pelos macedônios – logo após a morte de Alexandre o Grande - que proibiram eles de cultuarem Iavé e, mais tarde, dominados pelos romanos...

...que foi o povo que destruiu Jerusalém, o Templo de Salomão e aprisionaram Jesus. Sob o domínio dos romanos que os judeus foram obrigados, mais do que nunca, a se dispersarem pelo mundo.

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