A civilização
hebraica se desenvolveu na antiga Palestina e era cortada pelo rio Jordão, que
fazia dos lugares próximos ao rio uma área muito fértil e favorável a prática agrícola
e a sedentarização da população.
Já o resto era
montanhoso, seco, pobre e era ocupado por vários grupos nômades que se
dedicavam ao pastoreio.
Essa terra era
conhecida como Canaã, devido seus primeiros habitantes, os cananeus, que
chegaram à Palestina antes de 2000 a.C.
Tanto os
cananeus quanto os hebreus eram de origem semita.
Semita é a
denominação moderna dos descententes de Sem, que é mencionado no Antigo
Testamento como filho primogênito de Noé. São os judeus.
Para os
historiadores descobrirem sobre uma civilização tão antiga, usaram como fonte
de estudo a Bíblia, porque a primeira parte dela (Antigo Testamento) mostra
alguns elementos morais e jurídicos dos hebreus, algumas narrativas históricas
e os valores religiosos. A Bíblia serviu também para guiar alguns arqueólogos
para comprovar as coisas escritas no livro sagrado.
Religião
e História caminham juntas no caso dos hebreus e não por acaso seus principais
personagens e feitos estão normalmente envoltos de coisas sobrenaturais.
Existiam
várias tribos semitas que se distribuíram por todo esse território e que
guerreavam entre si atrás de escravos e terras.
Os
hebreus eram um desses grupos e quando chegaram a Palestina teve início a disputa
pelo domínio da região, que antes era dominada pelos cananeus e os filisteus.
Eles
se organizaram em grupos familiares patriarcais (do grego pater) e seminômades. Estava iniciando as atividades
agrícolas e pastoris.
O
primeiro grande líder hebreu, segundo o Antigo Testamento, foi Abrãão. Originário
da cidade de Ur, é considerado o primeiro patriarca hebreu.
Dirigindo-se
à Palestina, Abraão anunciava uma nova cultura religiosa, monoteísta, que mais
tarde cimentaria a unidade dos hebreus: estes acreditavam que Abraão recebera
de Jeová (iavé), a promessa de uma
terra para ele e seus descententes, que correria “leite e mel”.
Depois
de Abraão, seus filhos Isaac – aquele que Abraão sacrificaria, filho da Sara -,
e Jacó – mais tarde chamado de Israel - lideraram as tribos hebraicas.
Jacó
deixou doze descendentes, que deram origem às doze tribos de Israel, que
rivalizavam o território entre si e travavam sérios conflitos por isso.
Esses
conflitos, mais as dificuldades econômicas fizeram com que muitos hebreus
partissem para o Egito, onde permaneceram por muito tempo. O faraó os aceitou,
porque eles produziam em suas terras e ainda as protegiam de invasões.
Mas
depois de vários anos, os faraós começaram a praticar uma política xenófoba e
acabou escravizando o povo hebreu.
A
resistência hebraica à escravidão encontrou força na identidade religiosa
monoteísta e para poderem se libertar da opressão egípcia, os hebreus
empreenderam o Êxodo, liderados por
um cara chamado Moisés e após perambularem durante quarenta anos pelo deserto,
conseguiram retornar à Palestina.
Durante
essa permanência no deserto, conforme conta a Bíblia, Moisés recebeu de Deus,
no monte Sinai, os Dez Mandamentos, que eram um conjunto de determinações para
a vida que os hebreus deveriam seguir.
Dessa
forma Moisés avançava na unidade e coesão do povo israelita, acrescentando à
sua chefia religiosa, política e militar, a autoridade jurídica.
Depois
de Moisés, que morreu antes de ver a terra prometida, veio a vez de Josué, que
era ajudante de Moisés, e ele liderou o povo na conquista das cidades-estados
da terra de Canaã, dentre as quais a mais importante foi a cidade de Jericó,
que ficava as margens do rio Jordão.
Para
que eles dominassem todo território, eles tinham de organizar um exército
poderoso e para isso nomearam juízes para
serem líderes militares.
Dentre
esses chefes militares, se destacaram Gideão, Sansão e Samuel.
Esse
último, em especial, buscou pôr fim às divergências tribais, visando à unidade
política entre as doze tribos, o que só se concretizou com o seu
sucessor... Também conhecido como Rei
Davi.
Antes
de Davi, um cara chamado Saul tornou-se o rei hebreu. Mas esse rei não teve
muito sucesso contra os inimigos e acabou se suicidando.
Antes
disso, porém, deixou a mão de sua filha em prêmio para aquele que vencesse um
guerreiro filisteu chamado Golias. David acabou se arriscando e numa pedrada
certeira com sua funda, venceu Golias e garantiu seu casamento com a filha de
Saul.
Com
o suicídio do Rei, David passou a governar a tribo de Judá e o outro filho de
Saul, Isboset, governou o resto de Israel. David e Isboset entraram em conflito
até que o segundo foi derrotado e David tornou-se o maior rei da história
hebraica.
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