terça-feira, 24 de abril de 2012


A crise do Império Romano – Parte II

A cidade deixou de ser o centro da vida no Império Romano. A coisa se voltou para o espaço rural. Houve uma ruralização da econômica.


Os latifúndios com seus colonos tornaram-se praticamente independentes do resto da sociedade. Tornaram-se quase autossuficientes.


Paralelamente a tudo o que vimos na aula passada, também estava ocorrendo as famosas “invasões bárbaras”, que entenderemos melhor em breve, mas já dá para ter uma ideia do que se trata.


Isso quer dizer que toda crise econômica que tava rolando, somada a insegurança provocada por essas invasões dos bárbaros, fez com que as pessoas abandonassem as cidades do Império e partissem para o campo (Êxodo urbano).


O centro de produção econômica passou a ser o feudo, ou seja, propriedades de terras em que havia construções protegidas por muros, fossos e outros tipos de fortificações. No centro dessas construções protegidas estava o senhor, que dirigia a vida política, militar e econômica de toda sua terra. Ao redor dele estavam as numerosas pessoas dependentes do senhor.


A economia então ficou estagnada. Como consequência, as vilas começaram a produzir de tudo, não necessitando comprar quase nada em outros lugares. Com isso o comércio de produtos travou e as cidades, centro de trocas, ficou na crise de vez (o que ajudou também no êxodo urbano).


E para o Estado? Como é que fica?  Ficou cada vez mais difícil de cobrar impostos.


Com menos dinheiro dos impostos, o Estado não tinha recursos para pagar as despesas. Que despesas: corte, administração pública, exército.


Para equilibrar isso, o Estado aumento os impostos e encarregou os grandes proprietários de terra de cobrá-los. Daí, uma característica muito importante: a máquina administrativa começou a se descentralizar.


Isso também não resolveu o problema e as despesas só aumentavam. Tava rolando uma invasão de bárbaros e era necessário legionários para proteger o Império. E pior! Era necessário pagá-los. Os legionários sabiam que o Estado dependia muito deles e aproveitavam para exigir melhores salários!


Se os impostos não resolviam, o que fizeram? O próprio Estado começou a emitir dinheiro. Beleza, ótimo, agora tem dinheiro... mas não havia produtos suficientes para comprar. Quem tinha os produtos aumentava os preços de todos os produtos que faltavam aos compradores.


Com isso os preços dos produtos subiam mais do que o aumento dos salários. E tandam!, tínhamos a inflação. É assim que ela funciona.


Com a inflação, o dinheiro valia cada vez menos e as pessoas compravam pouco. A produção caia. Os impostos rendiam menos ao Estado. Então, este emitia mais dinheiro para pagar os soldados. E a inflação aumentava de novo, num círculo sem fim.


Assim, a máquina do Estado se enfraqueceu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário