A crise do Império Romano – Parte II
A cidade deixou
de ser o centro da vida no Império Romano. A coisa se voltou para o espaço
rural. Houve uma ruralização da econômica.
Os latifúndios
com seus colonos tornaram-se praticamente independentes do resto da sociedade.
Tornaram-se quase autossuficientes.
Paralelamente a
tudo o que vimos na aula passada, também estava ocorrendo as famosas “invasões bárbaras”,
que entenderemos melhor em breve, mas já dá para ter uma ideia do que se trata.
Isso quer dizer
que toda crise econômica que tava rolando, somada a insegurança provocada por
essas invasões dos bárbaros, fez com que as pessoas abandonassem as cidades do
Império e partissem para o campo (Êxodo urbano).
O centro de
produção econômica passou a ser o feudo, ou seja, propriedades de terras em que
havia construções protegidas por muros, fossos e outros tipos de fortificações.
No centro dessas construções protegidas estava o senhor, que dirigia a vida
política, militar e econômica de toda sua terra. Ao redor dele estavam as
numerosas pessoas dependentes do senhor.
A economia então
ficou estagnada. Como consequência, as vilas começaram a produzir de tudo, não
necessitando comprar quase nada em outros lugares. Com isso o comércio de
produtos travou e as cidades, centro de trocas, ficou na crise de vez (o que
ajudou também no êxodo urbano).
E para o Estado?
Como é que fica? Ficou cada vez mais difícil
de cobrar impostos.
Com menos
dinheiro dos impostos, o Estado não tinha recursos para pagar as despesas. Que
despesas: corte, administração pública, exército.
Para equilibrar
isso, o Estado aumento os impostos e encarregou os grandes proprietários de
terra de cobrá-los. Daí, uma característica muito importante: a máquina
administrativa começou a se descentralizar.
Isso também não
resolveu o problema e as despesas só aumentavam. Tava rolando uma invasão de
bárbaros e era necessário legionários para proteger o Império. E pior! Era
necessário pagá-los. Os legionários sabiam que o Estado dependia muito deles e
aproveitavam para exigir melhores salários!
Se os impostos
não resolviam, o que fizeram? O próprio Estado começou a emitir dinheiro.
Beleza, ótimo, agora tem dinheiro... mas não havia produtos suficientes para
comprar. Quem tinha os produtos aumentava os preços de todos os produtos que
faltavam aos compradores.
Com isso os
preços dos produtos subiam mais do que o aumento dos salários. E tandam!,
tínhamos a inflação. É assim que ela funciona.
Com a inflação,
o dinheiro valia cada vez menos e as pessoas compravam pouco. A produção caia.
Os impostos rendiam menos ao Estado. Então, este emitia mais dinheiro para
pagar os soldados. E a inflação aumentava de novo, num círculo sem fim.
Assim, a máquina do Estado se enfraqueceu.
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