domingo, 8 de abril de 2012

Neocolonialismo na África

A dominação se dava de duas maneiras: diretamente ou indiretamente.

Direta -> através da administração da região, nação ou país com a ocupação dos principais cargos governamentais por agentes metropolitanos.

Indireta -> por meio de alianças com as elites locais.

O que se obtinha com uma ou com outra forma de dominação?
A exploração de terras e de mão de obra. O controle da produção e do consumo.

Muitas vezes havia o apoio quase irrestrito das classes dirigentes locais, sob uma aparente independência política, que transformava a maior parte do planeta em áreas dependentes.

Quais países participaram desse processo neocolonial?

A Inglaterra, que era o país europeu mais industrializado e o primeiro a entrar na corrida neocolonial, mas também a França, a Rússia, a Holanda, a Bélgica, entre outras.

Após a unificação territorial (1870*), também a Alemanha e a Itália iniciaram sua participação nesse processo, além de Portugal e Espanha, metrópoles coloniais desde o século XVI.

Esse grande número de países e potências que disputavam por áreas coloniais agravaram os conflitos pelas regiões e estimularam o armamentismo, que levou à formação de blocos de países rivais, criando uma conjuntura tensa e propícia ao confronto geral que aconteceria poucos anos depois na Primeira Guerra Mundial.

Para resolver em parte desses conflitos, os países europeus decidiram preparar a Conferência de Berlim em 19 de Novembro de 1884 até 26 de Fevereiro de 1885, com o objetivo de organizar com regras que deveriam ser respeitadas a ocupação do território africano. 

Mas essa divisão respeitou a história da África? O sentimento africano? As relações étnicas ou mesmo familiares? Não. Respeitou apenas os interesses dos quatorze países europeus, Estados Unidos e Rússia que participaram dessa conferência.

Na verdade, nem tanto assim também, porque nem mesmo essa reunião conseguiu eliminar as divergências entre os países quanto às suas ambições imperialistas.

A título de exemplo, houve a famosa Guerra dos Bôeres (1899-1902), que fez com que os colonos holandeses, que eram chamados de bôeres (nome dado aos descendentes dos colonos holandeses ou franceses calvinistas), também conhecidos como africânderes, porque africâner é a língua que eles desenvolveram (mistura de holandês com influências da línguas indígenas da região e também do inglês), enfrentassem os súditos britânicos que estavam interessadíssimos com a descoberta de diamantes e ouro na região de Joanesburgo. Essa briga durou até 1902 e a Inglaterra saiu vitoriosa, formando em 1910 a União Sul-Africana com todos os países que ela havia dominado no sul da África.

No inicio do século XX, apenas a Libéria, habitada por negros emigrados dos Estados Unidos, na costa noroeste da África, e a Abissínia (atual Etiópia), no Nordeste, constituíam Estados africanos livres.

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