A dominação se dava de duas maneiras:
diretamente ou indiretamente.
Direta -> através da administração da
região, nação ou país com a ocupação dos principais cargos governamentais por
agentes metropolitanos.
Indireta -> por meio de alianças com as
elites locais.
O que se obtinha com uma ou com outra forma
de dominação?
A exploração de terras e de mão de obra. O
controle da produção e do consumo.
Muitas vezes
havia o apoio quase irrestrito das classes dirigentes locais, sob uma aparente
independência política, que transformava a maior parte do planeta em áreas
dependentes.
Quais países
participaram desse processo neocolonial?
A Inglaterra,
que era o país europeu mais industrializado e o primeiro a entrar na corrida
neocolonial, mas também a França, a Rússia, a Holanda, a Bélgica, entre outras.
Após a
unificação territorial (1870*), também a Alemanha e a Itália iniciaram sua
participação nesse processo, além de Portugal e Espanha, metrópoles coloniais
desde o século XVI.
Esse grande número
de países e potências que disputavam
por áreas coloniais agravaram os
conflitos pelas regiões e estimularam o armamentismo, que levou à formação
de blocos de países rivais, criando uma conjuntura tensa e propícia ao
confronto geral que aconteceria poucos anos depois na Primeira Guerra Mundial.
Para resolver em
parte desses conflitos, os países europeus decidiram preparar a Conferência de Berlim em 19 de Novembro
de 1884 até 26 de Fevereiro de 1885, com o
objetivo de organizar com regras que deveriam ser respeitadas a ocupação do
território africano.
Mas essa divisão
respeitou a história da África? O sentimento africano? As relações étnicas ou
mesmo familiares? Não. Respeitou apenas os interesses dos quatorze países
europeus, Estados Unidos e Rússia que participaram dessa conferência.
Na verdade, nem
tanto assim também, porque nem mesmo essa reunião conseguiu eliminar as
divergências entre os países quanto às suas ambições imperialistas.
A título de
exemplo, houve a famosa Guerra dos Bôeres (1899-1902), que fez com que os
colonos holandeses, que eram chamados de bôeres (nome dado aos descendentes dos
colonos holandeses ou franceses calvinistas), também conhecidos como
africânderes, porque africâner é a língua que eles desenvolveram (mistura de
holandês com influências da línguas indígenas da região e também do inglês),
enfrentassem os súditos britânicos que estavam interessadíssimos com a
descoberta de diamantes e ouro na região de Joanesburgo. Essa briga durou até
1902 e a Inglaterra saiu vitoriosa, formando em 1910 a União Sul-Africana com
todos os países que ela havia dominado no sul da África.
No inicio do
século XX, apenas a Libéria, habitada por negros emigrados dos Estados Unidos,
na costa noroeste da África, e a Abissínia (atual Etiópia), no Nordeste,
constituíam Estados africanos livres.
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