Na Inglaterra o
reformismo aconteceu graças ao rei.
Ele vinha
querendo se livrar da interferência do papa e dos impostos cobrados pela Igreja
Católica em seu país.
Tudo começou
quando o rei inglês Henrique VIII - filho de Henrique Tudor (ou Henrique VII),
descendente dos Lancaster, que deu inicia a dinastia Tudor em 1485 - pediu ao
papa que anulasse seu casamento com Catarina de Aragão (filha dos reis da
Espanha) alegando que ela não conseguia lhe dar um filho homem para ser seu
herdeiro.
Ao ter seu
pedido negado pelo papa, Henrique VIII decidiu agir: rompeu com a Igreja de
Roma (1531) e casou-se novamente, desta vez com Ana Bolena, uma dama da corte.
Ao saber disso o
papa o excomungou.
O parlamento
inglês, então, junto com o rei, aprovou o Ato
de Supremacia (1534), que declarava o rei o novo chefe da Igreja na
Inglaterra, chamada de Igreja anglicana.
Trecho do Ato de
Supremacia, assinado por Henrique VIII em 1534:
O Rei
é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra [...]. Nesta qualidade, o Rei tem
todo poder de examinar, reprimir, corrigir tais erros, heresias, abusos, ofensas
e irregularidades que sejam ou possam ser reformados legalmente por autoridade
espiritual, a fim de conservar a paz, a unidade e a tranquilidade do Reino
[...].
Como chefe da nova Igreja, Henrique
VIII confiscou as terras e os mosteiros da Igreja Católica e os vendeu ou
presenteou aos nobres e burgueses que o apoiaram.
Assim, o rei inglês se fortalecia,
acumulando o poder político e o religioso ao mesmo tempo. Colaborando com o
processo de centralização do poder.
Mais aí vira uma bagunça, porque o
filho do Henrique VIII, Eduardo VI, assume o trono em 1547 e governa até 1553, e
dá presseguimento à política do pai, mas ele morreu logo e deu espaço a sua irmã
para o trono, Maria I, que era casada com o rei da Espanha, Felipe II. Ela
restabeleceu o catolicismo e perseguiu ferozmente os protestantes e foi
apelidada como “Blood Mary” por isso.
Quando ela morreu, em 17 de Novembro
de 1558, finalmente subiu ao trono sua irmã, a famosa Elizabeth I (1558-1603),
que conseguiu consolidar a centralização de poder na Inglaterra de vez.
Para isso, ela restaurou a Igreja
anglicana como a Igreja oficial da Inglaterra. Entrou em conflito com católicos
e em 1559 ela promulgou um decreto proibindo os ingleses de acatar qualquer
autoridade vinda papa. Deveriam ignorá-lo! Pra completar, no ano seguinte,
decretou o Ato de Uniformidade, visando perseguir os protestantes que não
aceitassem a sua autoridade religiosa.
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