segunda-feira, 9 de abril de 2012

Reforma na Inglaterra

Na Inglaterra o reformismo aconteceu graças ao rei.

Ele vinha querendo se livrar da interferência do papa e dos impostos cobrados pela Igreja Católica em seu país.

Tudo começou quando o rei inglês Henrique VIII - filho de Henrique Tudor (ou Henrique VII), descendente dos Lancaster, que deu inicia a dinastia Tudor em 1485 - pediu ao papa que anulasse seu casamento com Catarina de Aragão (filha dos reis da Espanha) alegando que ela não conseguia lhe dar um filho homem para ser seu herdeiro.

Ao ter seu pedido negado pelo papa, Henrique VIII decidiu agir: rompeu com a Igreja de Roma (1531) e casou-se novamente, desta vez com Ana Bolena, uma dama da corte.

Ao saber disso o papa o excomungou.

O parlamento inglês, então, junto com o rei, aprovou o Ato de Supremacia (1534), que declarava o rei o novo chefe da Igreja na Inglaterra, chamada de Igreja anglicana.

Trecho do Ato de Supremacia, assinado por Henrique VIII em 1534:

O Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra [...]. Nesta qualidade, o Rei tem todo poder de examinar, reprimir, corrigir tais erros, heresias, abusos, ofensas e irregularidades que sejam ou possam ser reformados legalmente por autoridade espiritual, a fim de conservar a paz, a unidade e a tranquilidade do Reino [...].

Como chefe da nova Igreja, Henrique VIII confiscou as terras e os mosteiros da Igreja Católica e os vendeu ou presenteou aos nobres e burgueses que o apoiaram.

Assim, o rei inglês se fortalecia, acumulando o poder político e o religioso ao mesmo tempo. Colaborando com o processo de centralização do poder.

Mais aí vira uma bagunça, porque o filho do Henrique VIII, Eduardo VI, assume o trono em 1547 e governa até 1553, e dá presseguimento à política do pai, mas ele morreu logo e deu espaço a sua irmã para o trono, Maria I, que era casada com o rei da Espanha, Felipe II. Ela restabeleceu o catolicismo e perseguiu ferozmente os protestantes e foi apelidada como “Blood Mary” por isso.

Quando ela morreu, em 17 de Novembro de 1558, finalmente subiu ao trono sua irmã, a famosa Elizabeth I (1558-1603), que conseguiu consolidar a centralização de poder na Inglaterra de vez.

Para isso, ela restaurou a Igreja anglicana como a Igreja oficial da Inglaterra. Entrou em conflito com católicos e em 1559 ela promulgou um decreto proibindo os ingleses de acatar qualquer autoridade vinda papa. Deveriam ignorá-lo! Pra completar, no ano seguinte, decretou o Ato de Uniformidade, visando perseguir os protestantes que não aceitassem a sua autoridade religiosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário