domingo, 8 de abril de 2012



Atenas e Esparta
Livro didático: História, Sociedade e Cidadania, FTD (5º série)

Póleis –> Cidades-estado independentes umas das outras.

Assim, um ateniense era considerado estrangeiro em Esparta; qualquer espartano seria estrangeiro em Atenas, apesar de todos serem gregos.

Às vezes mais do que independentes, as cidades-estados chegavam a ser inimigas e travarem guerras entre si, apesar de falarem a mesma língua, terem a mesma religião e seguirem os mesmos costumes e tradições.

O motivo de seu isolamento político provavelmente foi a origem diferente dos povos que as edificaram (aqueus, eólios, jônios e dórios).

As cidades-estado gregas conheceram a maioria dos sistemas de governo existentes hoje e a monarquia foi o regime político inicial em todas as póleis gregas; todas elas foram, pelo menos inicialmente, governadas por reis.

Em Atenas a monarquia existiu apenas em tempos muito remotos, como na época de Teseu. Outro sistema que passou por Atenas foi a oligarquia, em que o poder fica dividido entre pessoas que pertenciam às famílias mais importantes de uma cidade (oligarquia significa “governo de poucos”).

Houve governos oligárquicos em Atenas e em outras cidades-estado gregras, onde a aristocracia – classe formada pelos nobres – conseguiu assumir o poder, substituindo os reis.

Em algumas cidades, os governos oligárquicos foram derrubados pela força. Aqueles que assumiam o poder em seguida eram conhecidos como tiranos. A tirania – governo dos tiranos – se estabelecia e se mantinha no poder por meio da força. Essa era uma forma de governo que boa parte dos gregos, principalmente em Atenas, consideravam péssima.

Ler página 189, “Os gregos e suas ‘’colônias’’.
Na Grécia, a partir do século VIII a.C., o uso do ferro na fabricação de pás, enxadas e demais instrumentos agrícolas levou a um aumento na produção de alimentos e a população passou a crescer em ritmo acelerado. Consequentemente, começaram os conflitos por terra entre os membros dos gené. Como a divisão das terras era feita com base no grau de parentesco ou no prestígio, uns ficaram com muitas terras, outros, com poucas, e muitos sem terra.
Havia pequenos proprietários que não conseguiam esperar o tempo necessário ao crescimento das árvores que plantavam; com isso, contraíam dívidas e, não podendo saldá-las, tornavam-se escravos dos grandes proprietários. A falta de terras férteis e a escravização por dívidas estimularam muitos gregos a buscar novas terras em regiões distantes. Os gregos então fundaram dezenas de novas cidades (as colônias) na orla do Mar Mediterrâneo. Por possuir um número grande de colônias gregas, o sul da Itália foi chamado de Magna Grécia (Grande Grécia).
No mundo grego, havia grande número de cidades-Estado, como Atenas, Esparta, Tebas, Mégara, Corinto e Mileto. Vamos destacar duas delas: Atenas e Esparta.

Vamos pegar duas cidades-estados que se destacam e estudá-las: Atenas e Esparta.
Vamos começar por Atenas, que ficava na região do Peloponeso:
Ler página 190, “Atenas, berço da democracia”.

Atenas foi fundada pelos jônios, por volta do século X a.C., em uma colina, a poucos quilômetros do mar. Como a região possuía bons portos naturais, os atenienses, desde cedo, voltaram-se para a pesca, a navegação e o comércio marítimo.

Atenas conservou a monarquia por muito tempo, até que os aristocratas acabaram por tomar o poder do basileu. Criou-se então um conselho - composto por eupátridas (donas de latifúndios e escravos), com a função de regular a ação dos arcontes, que governavam Atenas.

Arcontado - era composto por nove arcontes.
Arconte polemarco - tinha poder militar e de julgar os estrangeiros;
Arconte epônimo - representava o poder religioso;
Arconte thesmothetas - em número de 6, tinham o poder judiciário sobre os thetas (trabalhadores do campo e cidade) e geogóis (pequenos proprietários agrícolas).

Havia também os demiurgos, que eram comerciantes em geral. E os escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos. Foi assim até o século VI a.C.

As lutas entre as classes sociais, a instabilidade, o crescimento da pólis e o desenvolvimento do comércio foram fatores que motivaram o surgimento de reformas, feitas por legisladores.

Dentre esses legisladores, estava Drácon, que, em 621 a.C, organizou e registrou por escrito as leis que até então se baseavam na tradição oral e eram conhecidas apenas pelos eupátridas. Ainda assim, porém, os privilégios sociais de alguns foram mantidos e os choques continuaram.

Foi quando o legislador Sólon (594 a.C) deu início a reformas mais ambiciosas. Eliminou várias dívidas, libertou os escravos por elas, e dividiu a sociedade de acordo com o padrão de renda dos indivíduos.


Aí, o critério de riqueza passou a determinar os privilégios, abrindo espaço para ascensão política dos ricos demiurgos. Isso não alegrou os aristocratas... nem o povão... e os conflitos continuaram! 

Foi então quando surgiu um homem chamado Pisístrato, que tomou o poder da oligarquia e governou na tirania por mais de 30 anos (561 a.C a 527 a.C)... ele diminuiu os confrontos e promoveu várias obras públicas, gerando emprego para os thetas e geogóis descontentes. Depois que morreu, seus filhos começaram a governar, mas não eram como o pai e perderam o apoio popular.

Em 510 a.C, numa revolta liderada por Clístenes, ele sobe ao poder; promovendo mais uma reforma das leis. Foi ele quem estabeleceu as bases de um governo democrático.

A cidade que era apenas dominada pelos ricos, passou a ter também a participação dos cidadãos mais pobres.


Porém, diferente de hoje em dia, mulheres, estrangeiros e escravos, ou seja, a maioria da população, não tinham direito a cidadania e não podiam participar de nenhuma decisão ou governo da cidade.

Ler página 190, Nasce a idéia de cidadania.
No início do século VII a.C., uma mudança nas táticas de guerra gregas acabou contribuindo para o nascimento da ideia de cidadania na Grécia. Até então, apenas os aristocratas combatiam no exército, geralmente a cavalos, e somente eles eram considerados cidadãos. Porém, com o aumento das guerras entre as cidades, formou-se a infantaria, isto é, homens que combatiam a pé e com armas leves. Os membros da infantaria, os hoplitas, que geralmente eram pequenos proprietários de terra, começaram a exigir o direito de participar da vida política da cidade. Assim, nascia na Grécia antiga a ideia de cidadania.


Mas diferente de hoje em dia, a democracia ateniense era direta e não representativa. “Quê?”
Como o número de cidadãos não era muito grande, eles se reuniam em praça pública para discutir e votar diretamente a favor ou contra as leis postas em discussão.

Hoje em dia nós elegemos um representante e eles fazem a votação por nós.

Todo o cidadão era obrigado a participar das reuniões da Assembléia, caso não aparecesse, recebia uma multa.

A democracia é importante para a história da humanidade porque foi o primeiro exemplo de um governo do qual os próprios governados podiam participar. Clístenes foi o "pai da democracia", que durou pouco, mas foi responsável pelo esplendor do “Século de Péricles”, considerado o período mais importante da história da Grécia.

Ler página 192, “O século de Péricles”.
A partir de 450 a.C., sob a liderança de Péricles, a democracia ateniense foi aperfeiçoada: criou-se um tribunal popular para julgar toda espécie de causas. Nesse tribunal, o próprio júri fazia o papel de juiz, isto é, dava a palavra final. Para que mais pessoas pudessem participar da Assembleia do Povo, Péricles instituiu uma remuneração, permitindo que os mais pobres deixassem suas ocupações por um tempo para participar da política. Além disso, promoveu a reconstrução da parte alta de Atenas, destruída pelos persas.


[DIALOGANDO] Imagine que você precise tomar uma decisão com um grupo e que a maioria tenha uma opinião contrária à sua. Você faria o que a maioria decidiu sem reclamar?

Divisão social de Atenas
Eupátridas (aristocracia)
Camponeses, artesãos. (entre metecos e eupártidas)
Metecos (estrangeiros)
Escravos

Agora vamos ver Esparta, localizado? :
Ler página 194, “Esparta” – Primeiro parágrafo, apenas.
Esparta era muito diferente de Atenas, a começar pela localização. Estava situada na Península do Peloponeso, entre altas montanhas, e não tinha saída para o mar. A cidade foi fundada pelos dórios, que logo conquistaram os povos vizinhos e os submeteram a seu domínio. Desde o começo, portanto, Esparta mais parecia um acampamento militar.

Na cidade de Esparta, o governo era exercido simultaneamente por dois reis e dele participavam duas assembléias: Ápela, formada por representantes do povo, e a Gerúsia, um conselho de anciãos. O poder dos reis espartanos era limitado: magistrados conhecidos como éforos vigiavam suas atividades.

As leis de Esparta foram elaboradas por Licurgo, o legislador que transformou a cidade em um Estado militarista. Depois das reformas de Licurgo, os espartanos passaram a viver em função da guerra e se preocupavam em ser soldados perfeitos.

[DIALOGANDO] Você preferiria ser ateniense ou espartano? O que o fez pensar assim?

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