Atenas e Esparta
Livro didático: História, Sociedade e Cidadania, FTD (5º série)
Póleis –>
Cidades-estado independentes umas das outras.
Assim, um
ateniense era considerado estrangeiro em Esparta; qualquer espartano seria
estrangeiro em Atenas, apesar de todos serem gregos.
Às vezes mais do
que independentes, as cidades-estados chegavam a ser inimigas e travarem
guerras entre si, apesar de falarem a mesma língua, terem a mesma religião e
seguirem os mesmos costumes e tradições.
O motivo de seu
isolamento político provavelmente foi a origem diferente dos povos que as
edificaram (aqueus, eólios, jônios e dórios).
As
cidades-estado gregas conheceram a maioria dos sistemas de governo existentes hoje e a monarquia foi o regime
político inicial em todas as póleis gregas; todas elas foram, pelo menos inicialmente,
governadas por reis.
Em Atenas a monarquia existiu apenas em tempos
muito remotos, como na época de Teseu. Outro sistema que passou por Atenas foi
a oligarquia, em que o poder fica dividido entre pessoas que pertenciam às
famílias mais importantes de uma cidade (oligarquia significa “governo de
poucos”).
Houve governos oligárquicos em Atenas e em outras
cidades-estado gregras, onde a aristocracia – classe formada pelos nobres –
conseguiu assumir o poder, substituindo os reis.
Em algumas
cidades, os governos oligárquicos foram derrubados pela força. Aqueles que
assumiam o poder em seguida eram conhecidos como tiranos. A tirania – governo dos tiranos – se
estabelecia e se mantinha no poder por meio da força. Essa era uma forma de
governo que boa parte dos gregos, principalmente em Atenas, consideravam
péssima.
Ler página 189, “Os gregos e suas
‘’colônias’’.
Na Grécia, a partir do século VIII a.C., o uso do ferro na fabricação de pás, enxadas e demais instrumentos agrícolas levou a um aumento na produção de alimentos e a população passou a crescer em ritmo acelerado. Consequentemente, começaram os conflitos por terra entre os membros dos gené. Como a divisão das terras era feita com base no grau de parentesco ou no prestígio, uns ficaram com muitas terras, outros, com poucas, e muitos sem terra.
Havia pequenos proprietários que não conseguiam esperar o tempo necessário ao crescimento das árvores que plantavam; com isso, contraíam dívidas e, não podendo saldá-las, tornavam-se escravos dos grandes proprietários. A falta de terras férteis e a escravização por dívidas estimularam muitos gregos a buscar novas terras em regiões distantes. Os gregos então fundaram dezenas de novas cidades (as colônias) na orla do Mar Mediterrâneo. Por possuir um número grande de colônias gregas, o sul da Itália foi chamado de Magna Grécia (Grande Grécia).
No mundo grego, havia grande número de cidades-Estado, como Atenas, Esparta, Tebas, Mégara, Corinto e Mileto. Vamos destacar duas delas: Atenas e Esparta.
Na Grécia, a partir do século VIII a.C., o uso do ferro na fabricação de pás, enxadas e demais instrumentos agrícolas levou a um aumento na produção de alimentos e a população passou a crescer em ritmo acelerado. Consequentemente, começaram os conflitos por terra entre os membros dos gené. Como a divisão das terras era feita com base no grau de parentesco ou no prestígio, uns ficaram com muitas terras, outros, com poucas, e muitos sem terra.
Havia pequenos proprietários que não conseguiam esperar o tempo necessário ao crescimento das árvores que plantavam; com isso, contraíam dívidas e, não podendo saldá-las, tornavam-se escravos dos grandes proprietários. A falta de terras férteis e a escravização por dívidas estimularam muitos gregos a buscar novas terras em regiões distantes. Os gregos então fundaram dezenas de novas cidades (as colônias) na orla do Mar Mediterrâneo. Por possuir um número grande de colônias gregas, o sul da Itália foi chamado de Magna Grécia (Grande Grécia).
No mundo grego, havia grande número de cidades-Estado, como Atenas, Esparta, Tebas, Mégara, Corinto e Mileto. Vamos destacar duas delas: Atenas e Esparta.
Vamos pegar duas
cidades-estados que se destacam e estudá-las: Atenas e Esparta.
Vamos começar
por Atenas, que ficava na região do Peloponeso:
Ler página 190, “Atenas, berço da
democracia”.
Atenas foi fundada pelos jônios, por volta do século X a.C., em uma colina, a poucos quilômetros do mar. Como a região possuía bons portos naturais, os atenienses, desde cedo, voltaram-se para a pesca, a navegação e o comércio marítimo.
Arcontado - era composto por nove arcontes.
Arconte polemarco - tinha poder militar e de julgar os estrangeiros;
Arconte epônimo - representava o poder religioso;
Arconte thesmothetas - em número de 6, tinham o poder judiciário sobre os thetas (trabalhadores do campo e cidade) e geogóis (pequenos proprietários agrícolas).
Havia também os demiurgos, que eram comerciantes em geral. E os escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos. Foi assim até o século VI a.C.
As lutas entre as classes sociais, a instabilidade, o crescimento da pólis e o desenvolvimento do comércio foram fatores que motivaram o surgimento de reformas, feitas por legisladores.
Dentre esses legisladores, estava Drácon, que, em 621 a.C, organizou e registrou por escrito as leis que até então se baseavam na tradição oral e eram conhecidas apenas pelos eupátridas. Ainda assim, porém, os privilégios sociais de alguns foram mantidos e os choques continuaram.
Foi quando o
legislador Sólon (594 a.C) deu início a reformas mais ambiciosas. Eliminou várias dívidas, libertou os escravos por elas, e dividiu a sociedade de acordo com o padrão de renda dos indivíduos.
Aí, o critério de riqueza passou a determinar os privilégios, abrindo espaço para ascensão política dos ricos demiurgos. Isso não alegrou os aristocratas... nem o povão... e os conflitos continuaram!
Aí, o critério de riqueza passou a determinar os privilégios, abrindo espaço para ascensão política dos ricos demiurgos. Isso não alegrou os aristocratas... nem o povão... e os conflitos continuaram!
Foi então quando surgiu um
homem chamado Pisístrato, que tomou o poder da oligarquia e governou na tirania
por mais de 30 anos (561 a.C a 527 a.C)... ele diminuiu os confrontos e promoveu várias obras públicas, gerando emprego para os thetas e geogóis descontentes. Depois que morreu, seus filhos começaram a governar, mas não eram como o pai e perderam o apoio popular.
Em 510 a.C, numa revolta liderada por Clístenes, ele sobe ao poder; promovendo mais uma reforma das leis. Foi ele quem estabeleceu as bases de um governo democrático.
Em 510 a.C, numa revolta liderada por Clístenes, ele sobe ao poder; promovendo mais uma reforma das leis. Foi ele quem estabeleceu as bases de um governo democrático.
A cidade que era
apenas dominada pelos ricos, passou a ter também a participação dos cidadãos
mais pobres.
Porém, diferente
de hoje em dia, mulheres, estrangeiros e escravos, ou seja, a maioria da
população, não tinham direito a cidadania e não podiam participar de nenhuma
decisão ou governo da cidade.
Ler página 190, Nasce a idéia de cidadania.
No início do século VII a.C., uma mudança nas táticas de guerra gregas acabou contribuindo para o nascimento da ideia de cidadania na Grécia. Até então, apenas os aristocratas combatiam no exército, geralmente a cavalos, e somente eles eram considerados cidadãos. Porém, com o aumento das guerras entre as cidades, formou-se a infantaria, isto é, homens que combatiam a pé e com armas leves. Os membros da infantaria, os hoplitas, que geralmente eram pequenos proprietários de terra, começaram a exigir o direito de participar da vida política da cidade. Assim, nascia na Grécia antiga a ideia de cidadania.
No início do século VII a.C., uma mudança nas táticas de guerra gregas acabou contribuindo para o nascimento da ideia de cidadania na Grécia. Até então, apenas os aristocratas combatiam no exército, geralmente a cavalos, e somente eles eram considerados cidadãos. Porém, com o aumento das guerras entre as cidades, formou-se a infantaria, isto é, homens que combatiam a pé e com armas leves. Os membros da infantaria, os hoplitas, que geralmente eram pequenos proprietários de terra, começaram a exigir o direito de participar da vida política da cidade. Assim, nascia na Grécia antiga a ideia de cidadania.
Mas diferente de
hoje em dia, a democracia ateniense era direta e não representativa. “Quê?”
Como o número de
cidadãos não era muito grande, eles se reuniam em praça pública para discutir e
votar diretamente a favor ou contra as leis postas em discussão.
Hoje em dia nós
elegemos um representante e eles fazem a votação por nós.
Todo o cidadão era obrigado a participar das reuniões da Assembléia, caso não
aparecesse, recebia uma multa.
A democracia é
importante para a história da humanidade porque foi o primeiro exemplo de um
governo do qual os próprios governados podiam participar. Clístenes foi o "pai da democracia", que durou pouco, mas
foi responsável pelo esplendor do “Século de Péricles”, considerado o período
mais importante da história da Grécia.
Ler página 192, “O século de Péricles”.
A partir de 450 a.C., sob a liderança de Péricles, a democracia ateniense foi aperfeiçoada: criou-se um tribunal popular para julgar toda espécie de causas. Nesse tribunal, o próprio júri fazia o papel de juiz, isto é, dava a palavra final. Para que mais pessoas pudessem participar da Assembleia do Povo, Péricles instituiu uma remuneração, permitindo que os mais pobres deixassem suas ocupações por um tempo para participar da política. Além disso, promoveu a reconstrução da parte alta de Atenas, destruída pelos persas.
[DIALOGANDO] Imagine que você precise tomar uma decisão com um grupo e que a maioria tenha uma opinião contrária à sua. Você faria o que a maioria decidiu sem reclamar?
[DIALOGANDO] Imagine que você precise tomar uma decisão com um grupo e que a maioria tenha uma opinião contrária à sua. Você faria o que a maioria decidiu sem reclamar?
Divisão social de Atenas
Eupátridas
(aristocracia)
Camponeses,
artesãos. (entre metecos e eupártidas)
Metecos
(estrangeiros)
Escravos
Agora vamos ver
Esparta, localizado? :
Ler página 194, “Esparta” – Primeiro
parágrafo, apenas.
Esparta era muito diferente de Atenas, a começar pela localização. Estava situada na Península do Peloponeso, entre altas montanhas, e não tinha saída para o mar. A cidade foi fundada pelos dórios, que logo conquistaram os povos vizinhos e os submeteram a seu domínio. Desde o começo, portanto, Esparta mais parecia um acampamento militar.
Esparta era muito diferente de Atenas, a começar pela localização. Estava situada na Península do Peloponeso, entre altas montanhas, e não tinha saída para o mar. A cidade foi fundada pelos dórios, que logo conquistaram os povos vizinhos e os submeteram a seu domínio. Desde o começo, portanto, Esparta mais parecia um acampamento militar.
Na cidade de
Esparta, o governo era exercido simultaneamente por dois reis e dele
participavam duas assembléias: Ápela, formada por representantes do povo, e a Gerúsia,
um conselho de anciãos. O poder dos reis espartanos era limitado: magistrados
conhecidos como éforos vigiavam suas atividades.
As leis de
Esparta foram elaboradas por Licurgo, o legislador que transformou a cidade em
um Estado militarista. Depois das reformas de Licurgo, os espartanos passaram a
viver em função da guerra e se preocupavam em ser soldados perfeitos.
[DIALOGANDO] Você preferiria ser ateniense ou espartano? O que o fez pensar assim?
[DIALOGANDO] Você preferiria ser ateniense ou espartano? O que o fez pensar assim?
Muito bom :)
ResponderExcluir