terça-feira, 17 de abril de 2012


Diferentes maneiras de entender e contar o tempo

Em nossa sociedade, ter a vida “cronometrada” é coisa corriqueira. Sempre temos compromissos relacionados com o tempo: o horário da escola, das refeições, do trabalho, de tomar um remédio e por aí vai. Por isso estamos constantemente de olho no tempo... é quase impossível imaginar nossa vida de outro jeito.


Mas o que é o tempo?


Um padeiro tá sempre atento para quantos minutos o pão deverá permanecer no forno. Os pais ficam preocupados com o tempo que o filho passa na internet. Jogadores de futebol e torcedores ficam preocupados com o tempo de cada partida. Nós “enxergamos” o tempo de acordo com nossas necessidades. Esse tempo é marcado cronologicamente.


Por exemplo, em certas épocas e em certas regiões do mundo, muito tempo atrás, as pessoas não se preocupavam em saber quantos anos tinham. Nem sabiam! Não sabiam quando faziam aniversário, nem a hora do dia.


O que é cronologia? São as determinações de horários e datas que ordenam as coisas, desde coisas rotineiras de nossa vida, até acontecimentos históricos bem antigos.


Por exemplo, a história é divida cronologicamente em grandes períodos, que vão de uma data a outra. Um sucede o outro.






E o que o historiador deve pensar sobre o tempo?


O historiador estuda a cultura. A maneira como os seres humanos usam e aprendem sobre o tempo é o que o interessa para o historiador. Mas não só isso, ele também quer saber o que as pessoas fizeram em um determinado período de tempo.


O que é um período de tempo? Um espaço de tempo. Um período indica o espaço de tempo entre duas datas. Podem ser períodos curtos ou períodos longos.


Daí ele pode aprender como os homens em mulheres de uma determinada época pensavam, quais eram seus valores, o que vestiam, comiam, calçavam, como se divertiam, em que trabalhavam, estudar as formas de arte e o porquê de tudo isso.


Então o tempo histórico está relacionado ao modo de vida/cultura das pessoas. À história da humanidade.


O interessante do tempo histórico é que as mudanças que acontecem nele não são do mesmo jeito ou no mesmo ritmo de outros lugares, porque cada grupo humano tem um tempo e um ritmo próprios.


Vamos pegar como exemplo pessoas do campo e pessoas da cidade:


Quem vive no campo sabe que é muito importante o “tempo da natureza”, medido pelo dia e pela noite, pelas fases da Lua, pelas estações do ano. Afinal, essas divisões do tempo são essenciais para quem vive da agricultura, da criação de animais, da coleta de frutos, raízes e plantas em geração, ou caça e pesca. Precisam saber que época é melhor para semear e colher certos vegetais. Ou se vai pescar, tem que saber a época de reprodução dos peixes, o ritmo das marés e por aí vai.


E na cidade? Na cidade as preocupações são outras. Nós temos horário para pegar o ônibus, horário para evitar o trânsito na rua, horário que é perigoso ficar na rua, etc.


Formas diferentes de se ver e se organizar no tempo.


Graças a isso nós também podemos perceber que certas coisas mudaram no modo de vida das pessoas, enquanto outras permanecem iguais em certo período de tempo.


Calendário
Para identificar todos os momentos em que um fato histórico ocorre, ou seja, para datar um fato, nós devemos recorrer ao calendário, que serve para medir a passagem do tempo.


O calendário é um organizador e medidor do tempo.


Quem inventou o calendário? Ninguém sabe. O que se sabe é que diversas formas de calendário foram criadas por diferentes culturas. Por exemplo, o povo da babilônia, a milhares de anos atrás, organizaram o ano em 12 meses lunares, enquanto os maias, em 19 meses.


O calendário mais antigo de todos, que conhecemos, é o do Egito Antigo. Tem 6 mil anos e ele tinha como base a enchente anual do rio Nilo.


Os romanos contavam os anos a partir da fundação de Roma, correspondente ao ano 753 a.C do calendário cristão.


Nós usamos o calendário gregoriano. O papa Gregório VIII pegou o calendário Juliano (elaborado por ordem de Júlio César) e o reformulou, retirou 11 minutos e 14 segundos de lá. Isso foi o suficiente para darmos outro nome a ele.


É o calendário que está em vigor na maioria dos países. Também é conhecido como calendário cristão, e ele conta o ano com 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.


Além do calendário gregoriano, há outros três calendários ainda em uso: o chinês, o dos judeus e o dos muçulmanos.


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