A economia tem
uma relação muito íntima com o Estado, que é um conjunto de instituições
(governo, exército, funcionalismo público) que controlam e administram uma
nação.
Estado (do latim
status: modo de estar);
Economia (do
grego oikos: lar – nomia: lei,
regra);
Essa relação,
nesse período, se traduzia por um movimento chamado de “Mercantilismo”.
Todo Estado
buscava garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo ao
mesmo tempo o próprio poder. Isso, através do mercantilismo, que não foram
idéias, nem ações, mas um conjunto de medidas variadas visando à obtenção de
recursos para manutenção de um poder absoluto.
Cada Estado, na
Europa, viu o que era mais adequado se fazer para praticar essas medidas
mercantilistas:
Uns tentaram a
exploração colonial; atrás de ouro, prata, metais preciosos;
Outros nas
atividades marítimas comerciais;
Outros decidiram
incentivar a produção manufatureira (limitada pela força e agilidade);
Mas se são tão diferentes,
porque chamamos todas de mercantilismo? Porque apesar dessas variações haviam
princípios comuns que orientaram essa política mercantil. Um desses princípios
era chamado de “metalismo”.
O que é o
metalismo?
Trata-se de uma
concepção que identifica a riqueza e o poder de um Estado conforme a quantidade
de metais preciosos que ele acumula.
Seja colonizando
ou comercializando, então, todos buscavam ouro e prata a fim de abastecer seus
respectivos Estados. Além disso, aqueles que comercializavam sempre tentavam
vender mais que do importar. Ou seja, todos os Estados pretendiam manter uma “balança comercial favorável”.
Para fazer isso,
os Estados restringiam importações impondo pesadas taxas alfandegárias, ou
proibindo mesmo. A idéia era diminui o máximo possível de importação para
proteger a produção nacional da concorrência estrangeira. Essa é outra medida
comum do mercantilismo, que chamamos de protecionismo.
O
“mercantilismo” opera nesse trinômio. Vamos pensar em alguns exemplos claros:
A Espanha, por
exemplo, adotou medidas para obter metais por meio da exploração colonial na
América. Eles estocavam ouro e mais ouro em seus barcos, lingotes de ouro (ouro
moldado), então era claro que privilegiavam o metalismo. Esses “moldes de
ouro”, os lingotes, eram chamados em inglês de bullion, daí o mercantilismo espanhol recebeu o nome de “bulionismo”.
Já na França,
principalmente no século XVII, o governo procurou limitar as importações e
aumentar as exportações estimulando as manufaturas, especialmente aquelas voltadas
para artigos de luxo. Criou também várias companhias de comércio. Chegou até
mesmo a contratar piratas para acabar com o comércio dos outros Estados e
roubar ouro para coroa francesa. Esses piratas eram chamados de corsários. O
maior defensor dessa política francesa foi um cara chamado Colbert, ministro do
rei Luís XIV. Esse mercantilismo francês foi chamado de “colbertismo” em homenagem a ele, já que foi um grande defensor
dessas medidas.
Na Inglaterra, a
política mercantilista era chamada de comercialista
e, mais tarde, de industrialista.
Não é por acaso que a “Revolução Industrial” vai acontecer na Inglaterra antes
de todos os outros lugares. Eles investiam pesado em manufaturas,
principalmente em tecelagens de lã. Como produziam muito, podiam vender muito e
exportavam graças aos investimentos pesados que faziam na frota naval e na
marinha mercante. Fora que não aceitava qualquer coisa entrando em seu país
para ser comercializado.
Isso tudo
aconteceu graças, principalmente a Espanha e a um outro país, bem pequeno, mas
que foi pioneira na expansão ultramarina e se beneficiava de ouro e açúcar nas
novas terras que haviam sido descobertas. Portugal.
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