domingo, 8 de abril de 2012

Reforma Protestante 

Como sabemos, na Idade Média a Igreja era rica e poderosa. Os bispos possuíam feudos enormes e muitos servos. O papa tinha muita força política: convocava pessoas para participar das Cruzadas, celebrava acordos entre países, interferia na escolha dos reis, etc.
Vários papas daquela época só chegaram à chefia da Igreja por pertencerem a famílias milionárias. Além disso, os líderes da Igreja Católica praticavam um comércio fraudulento de artigos religiosos.
Vendiam objetos dizendo ser pedaços dos ossos do jumento montado por Jesus;
Pedaços de um pano qualquer dizendo ser do manto de Maria, a mãe de Jesus;
E várias outras “relíquias”: madeira da cruz, pregos, etc.
Por fim, os bispos e padres vendiam também indulgências, ou seja, o perdão dos pecados.

Os primeiros reformadores
Entre os maiores críticos da Igreja naquela época estavam os reformadores John Wycliffe e John Huss.
Wycliffe (1320-1384) era inglês, grande estudiosos de teologia, criticava sobretudo a falta de instrução dos sacerdotes e o acúmulo de riquezas por parte dos bispos e papas. Por isso, Wycliffe foi acusado por um tribunal religioso de heresia (ato de contrariar a doutrina oficial da igreja). Perseguido, ele decidiu fugir de Londres e, escondido, se dedicou a traduzir a Biblia do latim para o inglês, afim de que mais pessoas pudessem conhecê-la.

John Huss (1369-1415) era professor de universidade (na atual República Tcheca). Huss tornou-se conhecido por fazer seus sermões na língua de seu povo, o tcheco, língua para a qual traduziu a Bíblia. Por seus ataques à corrupção e ao luxo do alto clero, Huss foi acusado de heresia, preso e queimado vivo em 1415.

Martinho Lutero
No início do século XVI, um monge alemão, de nome Martinho Lutero, revoltou-se contra o escândalo da venda de indulgências e com isso deu início ao maior abalo já ocorrido no interior da Igreja: a Reforma protestante.

As críticas de Lutero
Em 1517, o papa prometeu que todo aquele que desse dinheiro para construir a nova Basílica de São Pedro, em Roma, receberia, em troca, uma indulgência plena, isto é, o perdão de todos os pecados.
Indignado, Lutero pregou na porta da sua paróquia as 95 teses, documento contendo duras críticas à Igreja.
Algumas das teses:

Tese 24. [...] a maior parte do povo está [...] ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
Tese 32. Serão condenados [...], juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
Tese 86. Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos Crassos [romanos ricos], não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma Basília de São Pedro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

Lição: Quem foi Martinho Lutero? Onde nasceu? Qual ano? Que tipo de educação recebeu? Quais eram seus princípios, ou seja, o que ele defendia? O que aconteceu com Lutero após insistir na defesa de suas ideias?

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