Como sabemos, na
Idade Média a Igreja era rica e poderosa. Os bispos possuíam feudos enormes e
muitos servos. O papa tinha muita força política: convocava pessoas para
participar das Cruzadas, celebrava acordos entre países, interferia na escolha
dos reis, etc.
Vários papas
daquela época só chegaram à chefia da Igreja por pertencerem a famílias
milionárias. Além disso, os líderes da Igreja Católica praticavam um comércio
fraudulento de artigos religiosos.
Vendiam objetos
dizendo ser pedaços dos ossos do jumento montado por Jesus;
Pedaços de um
pano qualquer dizendo ser do manto de Maria, a mãe de Jesus;
E várias outras
“relíquias”: madeira da cruz, pregos, etc.
Por fim, os
bispos e padres vendiam também indulgências,
ou seja, o perdão dos pecados.
Os primeiros reformadores
Entre os maiores
críticos da Igreja naquela época estavam os reformadores John Wycliffe e John
Huss.
Wycliffe
(1320-1384) era inglês, grande estudiosos de teologia, criticava sobretudo a
falta de instrução dos sacerdotes e o acúmulo de riquezas por parte dos bispos
e papas. Por isso, Wycliffe foi acusado por um tribunal religioso de heresia (ato de contrariar a doutrina
oficial da igreja). Perseguido, ele
decidiu fugir de Londres e, escondido, se dedicou a traduzir a Biblia do latim para o inglês, afim de
que mais pessoas pudessem conhecê-la.
John Huss
(1369-1415) era professor de universidade (na atual República Tcheca). Huss
tornou-se conhecido por fazer seus sermões na língua de seu povo, o tcheco,
língua para a qual traduziu a Bíblia. Por seus ataques à corrupção e ao luxo do
alto clero, Huss foi acusado de heresia, preso e queimado vivo em 1415.
Martinho Lutero
No início do
século XVI, um monge alemão, de nome Martinho Lutero, revoltou-se contra o
escândalo da venda de indulgências e com isso deu início ao maior abalo já
ocorrido no interior da Igreja: a Reforma protestante.
As críticas de Lutero
Em 1517, o papa
prometeu que todo aquele que desse dinheiro para construir a nova Basílica de
São Pedro, em Roma, receberia, em troca, uma indulgência plena, isto é, o
perdão de todos os pecados.
Indignado,
Lutero pregou na porta da sua paróquia as 95 teses, documento contendo duras
críticas à Igreja.
Algumas das
teses:
Tese 24. [...] a maior parte do povo está
[...] ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da
pena.
Tese 32. Serão condenados [...], juntamente
com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de
carta de indulgência.
Tese 86. Por que o papa, cuja fortuna hoje é
maior do que a dos ricos Crassos [romanos ricos], não constrói com seu próprio
dinheiro ao menos esta uma Basília de São Pedro, em vez de fazê-lo com o
dinheiro dos pobres fiéis?
Lição: Quem foi Martinho Lutero? Onde
nasceu? Qual ano? Que tipo de educação recebeu? Quais eram seus princípios, ou
seja, o que ele defendia? O que aconteceu com Lutero após insistir na defesa de
suas ideias?
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